Marina Lopes
Do Bolsa de Bebê
O nascimento de um filho traz muitas alegrias e inseguranças, mas também esfria a vida sexual do casal. Também, pudera: este pequeno ser é totalmente dependente da mãe e exige atenção quase exclusiva durante os primeiros meses. Retomar a vida a dois pode ser complicado no começo e requer paciência de ambos os lados.
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A ginecologista e obstetra Bárbara Murayama explica que nos quarenta dias após o parto, época chamada de quarentena, é recomendado que a mulher evite ter relações sexuais para garantir sua total recuperação. “Após esse período, acontece a queda da libido (apetite sexual), principalmente nas mulheres que estão amamentando devido, entre outros fatores, à prolactina, o hormônio do leite. Muitas vezes pode haver secura vaginal, acarretando dor nas relações”, explica.
Estes sintomas devem ser relatados na consulta com o ginecologista para que ele faça uma avaliação completa do quadro e o tratamento, se necessário. “É também muito importante que haja diálogo franco entre o casal. para que ambos exponham suas dúvidas, medos e expectativas”, afirma a especialista.
O apoio e compreensão do marido são fundamentais para a mulher que está sensibilizada por alterações hormonais, mudanças no corpo e diminuição da autoestima. É muito importante que ela divida as funções e tarefas com o parceiro, seja nos afazeres da casa, seja no cuidado com o pequeno. Desta forma, ele vai entender melhor o processo pelo qual a parceira está passando e ela terá mais tempo para cuidar de si e do casal.
Contar com uma rede de auxiliares pode ajudar bastante neste período. Mãe, sogra, irmãs e babás, ou seja, pessoas que estejam dispostas a cuidar do pequeno por um curto período para que o casal possa ter um tempo a sós. Que tal deixar o bebê com alguém de confiança e preparar um jantar romântico? Ou pegar um cineminha? É certo que as dificuldades são muitas, mas dedicar atenção para si mesma e para a vida conjugal é essencial.