A ginasta Lorrane Oliveira tem uma carreira marcada por conquistas e histórias de superação
Peça-chave da equipe de ginástica brasileira atualmente, Lorrane Oliveira tem uma história recente marcada por superação. Apenas alguns meses antes das Olimpíadas de Paris em 2024, ela perdeu a irmã mais nova, que tinha apenas 21 anos de idade quando morreu. Conheça a história:
Lorrane Oliveira perdeu a irmã mais nova em 2024
Lorrane Oliveira passou por um grande drama familiar pouco menos de quatro meses antes de vencer a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica em equipes. A ginasta de apenas 26 anos perdeu a irmã mais nova, Maria Luiza, em abril de 2024.
A morte de Maria Luiza aconteceu quando Lorrane estava em um período de treino da seleção brasileira em Troye, na França, com as demais ginastas da delegação brasileira. Na época, a causa da morte não foi divulgada – e a ginasta se declarou a ela, deixando claro a influência dela em sua vida.
“Eu tô completamente sem chão, e procurando maneiras pra entender como vou seguir minha vida sem você. Você só tinha 21 anos, mas era tão inteligente, me aconselhava e me fazia mais forte como ninguém. O seu abraço era o mais reconfortante, principalmente nos momentos ruins. Te agradeço por me fazer enxergar a vida de outra maneira, por me ajudar a me tornar a mulher mais forte que sou hoje e por ser minha fã número 1”, disse.
Na declaração, Lorrane também afirmou: “Você me salvou inúmeras vezes, obrigada por ter sido minha pessoa. Te amarei eternamente”.
Mesmo vivenciando o luto, a atleta seguiu com os treinos e, em Paris, teve desempenho ímpar. Como prometido, ela foi peça fundamental na conquista da primeira medalha olímpica brasileira na ginástica em grupo, competição que disputou ao lado de Flávia Santana, Jade Barbosa, Júlia Soares e Rebeca Andrade.
Carreira de Lorrane Oliveira
Lorrane começou a empreitada na ginástica aos sete anos fazendo aulas de circo. Diante do talento e da inspiração na lendária ginasta Daiane dos Santos, ela pediu que os pais a liberassem para um teste no esporte, tudo aos nove anos de idade.
Desde então, ela passou por alguns dos principais clubes brasileiros da modalidade, e entre 2014 e 2017 chegou ao CEGIN, Centro de Excelência em Ginástica, no Paraná.
Em meio à carreira, ela enfrentou lesões e, ao retornar de cirurgias, se tornou a melhor atleta do Brasil no individual geral do Mundial de Ginástica Artística em 2015. Já em 2016, nas Olimpíadas do Rio, ela atuou como parte da equipe que ficou em 8º lugar.
Após mais lesões, ela foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2019, criou um movimento inédito, levou o bronze novamente na Copa do Mundo de Doha (2021) e foi parte essencial da equipe na consquista da inédita prata no Mundial de 2023. Já em 2024, nos Jogos Olímpicos de Paris, ela auxiliou a equipe a conquistar a primeira medalha brasileira da ginástica em equipes