Lubrax é um vira-lata inteligentíssimo que “trabalha” em um posto de gasolina no bairro de São Miguel Paulista, em São Paulo. Todos os dias ele acompanha seu dono, David Ferreira, que é gerente do local, na ida ao serviço. Ele é tão querido por lá que os clientes sentem falta quando ele não aparece.
Cachorro funcionário de posto de gasolina
O cão foi adotado há 9 anos por David porque estava sendo maltratado em um outro posto. “Meu patrão é dono de postos de gasolina e me disse que o Lubrax estava sendo judiado em outro posto dele e me perguntou se eu não queria pegar para mim, já que eu tinha acabado de perder um Cocker”, relembra David.

O gerente topou cuidar do cachorrinho e o levou para casa. “Eu não queria outro cachorro, mas ele estava machucado e se arrastando porque ficava a madrugada na rua, então eu decidi cuidar dele, a gente foi pegando amor e ele ficou em casa”, comenta.
Lealdade do cachorro
Lubrax ficou tão feliz com a adoção que se recusa a sair de perto de seu dono. Por isso, todas as manhãs há quase 10 anos, os dois vão juntos para o trabalho. “Antes eu morava bem pertinho do posto e era só eu sair que ele vinha atrás. Agora que eu venho de carro, é só abrir a porta que ele já pula para dentro porque gosta de vir comigo”, explica David.
Quando está chovendo, David não leva Lubrax para que ele não se molhe, mas o cachorro fica chorando até a esposa ou a filha de David levá-lo até o posto.

No posto, Lubrax é adorado por todos e muito querido na rua. “Ele é muito inteligente. De manhã eu falo ‘vamos tomar café’ e ele corre para a padaria que é aqui do lado. Ele fica olhando para o copeiro, porque sabe que ele me dá uns 3, 4 pães de queijo e eu vou picando e dando para ele enquanto tomo café”, comenta o dono do bicho.
E não para por aí. Quando sente cheiro de coxinha, o cachorro corre para a loja de conveniência do posto. “Ele adora coxinha, mas come só de vez em quando porque tem muita massa, pode fazer mal.”
Quando o relógio marca 13h, 13h30, Lubrax vai até a loja onde a esposa de David trabalha, que fica na mesma rua do posto, e a chama para ir almoçar em casa.

“Todo dia ele vai lá chamar a minha esposa. Se ela não dá muita atenção, ele já sabe que ela não vai almoçar, então volta para o posto e espera até eu ir almoçar em casa uma 14h e pouco”, explica sobre a rotina de Lubrax.
Como o cachorro já é idoso, David opta por deixá-lo em casa durante a tarde, porque se preocupa com o risco de ele ser atropelado, já que Lubrax deita no meio do posto quando se cansa.
“Eu o levo para casa na hora do almoço e deixo lá, mas ele fica chorando quando eu saio, não gosta de ficar em casa. Quando eu volto do trabalho é a maior festa”, afirma David.
Uniforme do “funcionário” canino

Por conta do frio, o gerente do posto decidiu pegar um colete de uma promoção antiga e colocar no vira-lata. “Quando está muito sol, eu tiro o colete, lavo, mas ele usa sempre porque também serve como uma forma de identificação. Todo mundo pergunta dele quando vem aqui”, comenta sobre o xodó do posto e também da família.
Para David, tamanha lealdade é a resposta que o vira-lata dá ao amor que recebe. “Damos muito carinho, amor e cuidamos dele. É o xodó, todo mundo gosta”, reitera.
Cachorros trabalhadores
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