Thais Fersoza, que já é mamãe de Melinda e está grávida de Teodoro, assim como muitas mulheres, enfrentou dificuldades para amamentar.
Dar de mamar a um bebê é um processo natural e fisiológico. Por isso, muita gente acha que é fácil. Basta um bebê e um peito e pronto: a amamentação acontece! A realidade, no entanto, não é assim. Além de requerer muita informação, o sucesso da amamentação depende de uma série de fatores, incluindo especialmente apoio e tranquilidade.
Em um vídeo gravado para o seu canal no YouTube, a atriz resumiu muito bem o que acontece com muitas famílias. “É muito lido, é muito falado, mas sempre que acontece com a gente é tenso”, brincou.
Thais, como todas as mães, sempre quis amamentar sua bebê. Por três meses e meio, ela conseguiu. Mas, nesse meio tempo, começou a reparar que a quantidade de seu leite estava diminuindo e, então, passou a ficar constantemente preocupada.
A preocupação com a possibilidade de o leite secar, como conta, foi um dos motivos para que a amamentação fosse descontinuada. “Infelizmente, para mim, a amamentação não foi uma coisa muito simples. Fui ficando cada vez mais frustrada e menos o leite descia”
Para evitar o desmame, a atriz recorreu a inúmeras alternativas. Buscou ajuda profissional, tomou chás, tentou manter Melinda sempre acordada para tentar fazer com que ela estimulasse o peito por mais tempo, tomou medicamentos e fez até relactação. “Cheguei no limite da exaustão. Eu fiz tudo o que eu podia. Mas realmente consegui amamentar legal até 3 meses e pouco. Com 4 meses, ela entrou na fórmula. Tive que entender e deixar de ser egoísta, de querer eu amamentar ela sem ter como e partir para fórmula para ela ganhar os nutrientes que precisava, engordar, ganhar peso”, relatou.
Depois da introdução da fórmula, Thais viveu a frustração de muitas mães – afinal, há uma pressão muito grande da sociedade e individual para o sucesso da amamentação. Mas, com o tempo, conseguiu achar maneiras de compensar a mudanças e manter o vínculo com a bebê. “Era delicioso sentir ela mamando, olhar ela mamando, era um momento incrível, mas eu também consegui descobrir esse nosso momento, esse nosso olhar, de outra forma, mesmo não conseguindo amamentar pelo meio seio”, contou.
Amamentação
O leite materno, como é sabido, é o melhor alimento para qualquer bebê até o sexto mês. Depois disso e até o primeiro aninho da criança, ele deve continuar sendo o principal alimento, sendo complementado com frutas, legumes, grãos e carnes progressivamente. A OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda recomenda que ele continue sendo oferecido aos pequenos até os dois anos.
Os benefícios são inúmeros e incluem nutrição, hidratação e imunização. Mas, a prática também acalma, facilita o sono e ainda nutre emocionalmente o bebê, fazendo com que ele mate a saudade do útero e não se sinta sozinho ou inseguro.
Nos últimos anos, foi crescente a publicidade das fórmulas infantis. Por esse motivo, por um tempo, a mídia e até alguns profissionais defendiam e receitavam o leite artificial sem necessidade, sem antes recorrer ao tratamento da causa que estava dificultando o aleitamento, desestimulando, assim, a amamentação.
Mas, profissionais especialistas em aleitamento firmam: são raríssimos os casos de mulheres que não podem amamentar. As dificuldades nesse processo, no entanto, podem surgir por uma série de motivos: cesárea eletiva, que faz com que o leite demore para descer, pega errada, hábitos nocivos, instabilidade emocional e falta de apoio. É por isso que uma mulher que acabou de ter um bebezinho precisa de muita, muita, muita informação, acolhimento, cuidado e respeito.
Ainda assim, aquelas que não obtiveram o êxito esperado na prática, não devem carregar nenhum tipo de culpa. Afinal, existem outras maneiras de nutrir os pequenos de maneira saudável e de muito amor. “Às vezes dá certo, às vezes não dá. A gente tenta, a gente investe e insiste da maneira que a gente pode, com todo o nosso amor. Mas, o importante é nossos bebês ficarem fortes e saudáveis”, finalizou Thais, com uma mensagem que acalma o coração de muitas mães.
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