Telegramas inéditos mostram que os corpos passageiros da terceira classe do Titanic, que afundou em 1912, foram jogados ao mar para dar espaço aos corpos dos frequentadores da primeira e da segunda classe.
Roupas e bens de valor ajudaram a identificar os corpos das vítimas do naufrágio e isto fez com que o resgate também separasse as pessoas por sua classe social mesmo depois de mortas.
A divulgação dos telegramas, segundo o site britânico Daily Mail, prova que o navio de resgate Mackay-Bennett tinha espaço limitado para os cadáveres. O capitão Frederick Larnder trocou correspondências com a White Star Line, empresa que operava o Titanic, sugerindo que todos, sem distinção, fossem deixados no mar. A decisão não foi acatada.
Resgaste de corpos do Titanic
De acordo com a matéria do Daily Mail, os telegramas (veja um acima) foram conseguidos 100 anos depois do naufrágio histórico. Só agora, entretanto, eles foram divulgados pelo historiador norte-americano Charles Haas.
“A coleção demonstra o quão foi difícil o processo após o naufrágio; mostra claramente o estresse imenso sob o qual estavam todos os envolvidos”.
Os corpos das vítimas da primeira e da segunda classe foram recuperados, embalsamados e devolvidos aos seus entes queridos. Já a tripulação de Titanic e os passageiros da terceira classe ficam no mar.
A operação de resgate dos corpos durou até maio de 1912, um mês depois da tragédia. Segundo a publicação, dos 334 corpos resgatados, 116 foram enterrados no mar.
O especialista no naufrágio do Titanic, Andrew Aldridge, explicou ao Daily Mail que é preciso reconhecer que o mundo era diferente em 1912. “Havia essa estrutura de classes e pouco se pensava ao se dar prioridade a uma pessoa rica sobre uma pobre, viva ou morta”.
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