A maquiagem definitiva para estrias – apelido que costuma ser dado para este tipo de micropigmentação – é uma técnica que está ganhando espaço entre quem deseja se livrar das marquinhas.
Feita com pigmentos de tom parecido com a pele, ela melhora em até 80% a aparência da cicatriz, mas os prós e contras ainda são controversos, segundo os especialistas – e você precisa conhecê-los antes de se submeter ao procedimento.
O que é micropigmentação para estrias?
Causadas pela destruição das fibras da pele – que geralmente está ligada a situações em que houve esticamento, como ganho de peso ou gravidez – as estrias são cicatrizes muito difíceis de remover, principalmente quando já estão brancas e, portanto, mais permanentes.
A micropigmentação não elimina a marca, ela age aplicando uma espécie de tintura com o objetivo de cobri-la, como se fosse uma tatuagem temporária.
Como é feita
O procedimento é feito com um dermógrafo, que é uma caneta com agulha em uma extremidade. Elétrico, ele permite controlar a intensidade e velocidade das perfurações.
Além dele, é usado o pigmento da cor da pele do paciente, que é obtido por meio de vários testes e misturas de cores. Essa tinta tem aspecto opaco, diferente da tatuagem, o que deixa a aparência da estria pintada ainda mais natural.
Duração e número de sessões
A duração de cada sessão varia de acordo com o tamanho da área, podendo ser de até duas horas. Segundo Elisandra Martins, são necessárias no máximo dois encontros, sendo que o segundo é dedicado a retoques. O intervalo entre as aplicações é de cerca de um mês, que é o tempo necessário para que a se regenere.
Dói?
Por utilizar agulhas, o procedimento pode causar incômodos. Para evitá-los, é aplicada uma pomada anestésica aproximadamente 40 minutos antes do início de cada sessão. Geralmente, o produto é indicado pela própria especialista.
Depois da realização, a região fica avermelhada e um pouco inchada, mas esse efeito é passageiro.
Funciona? Qual é o resultado?
Elisandra Martins, especialista em micropigmentação, explica que a camuflagem de estrias melhora de 60% a 80% a aparência das marcas em até duas sessões.
Há diferentes maneiras de realizar o procedimento. Alguns profissionais fazem uso apenas da micropigmentação, enquanto outros combinam a técnica com tratamentos como a micropuntura de estrias – método que visa reduzir a aparência das marcas pela estimulação da produção de colágeno, que ocorre por meio de perfurações superficiais na pele – e peelings químicos – que usam substâncias que descamam a pele para suavizar as cicatrizes.
Essa junção de procedimentos é feita pela micropigmentadora Anna Rita, CEO do Instituto Anna Rita. “A combinação faz com que o tecido seja regenerado e a pele fique uniforme e com menos nivelações”, conta a especialista “Após essa melhora, é usada a maquiagem definitiva para deixar as imperfeições ainda menos perceptíveis”.
Dura quanto tempo?
Diferente da tatuagem, a micropigmentação de estrias não é definitiva, visto que o pigmento é aplicado somente na camada superficial da pele. “Dura em média um ano, podendo variar para mais ou menos”, conta Elisandra Martins.
Vale a pena fazer?
Vanessa Silveira, proprietária da rede de clínicas que levam seu nome, explica que a micropigmentação de estria está em desuso, pois é muito difícil encontrar o tom certo para cada tipo de pele. Ela também ressalta que o procedimento tem sido feito por muitos profissionais desqualificados, o que pode gerar resultados ruins.
Portanto, caso opte por fazer o tratamento, é preciso buscar especialistas qualificados e que tenham realizado cursos na área. Outra dica é observar os trabalhos realizados e procurar indicações de quem já tenha feito.
Cuidados após o tratamento
Após cada sessão é preciso seguir uma rotina de cuidados para facilitar a recuperação da pele, como o uso de produtos cicatrizantes.
Alguns tratamentos estéticos não podem ser feitos no verão, e este é um deles, visto que é proibido tomar sol até que a pele cicatrize. Depois desse período, profissionais garantem que o bronze não causa diferença de cor na região.
Quem pode fazer?
É preciso ter cuidados redobrados com a pele negra quando se fala em procedimentos estéticos. A micropigmentadora Anna Rita explica que pessoas com fototipos de pele altos, ou seja, tonalidades mais escuras, devem ter cautela ao fazer o procedimento pois são mais propensas a efeitos como a hiperpigmentação, que é a alteração da cor que pretendia ser alcançada.
Já a especialista em micropigmentação Elisandra Martins defende que dermes escuras com estrias claras são ideais para fazer a camuflagem, visto que apresentam resultados mais visíveis.
Devido ao contraponto de opiniões, o mais indicado é buscar um dermatologista para que ele possa avaliar seu tipo de pele e as opções de tratamento.
Contraindicações
Elisandra Martins explica que pessoas que sofrem de problemas cardiovasculares ou diabetes descontrolada só devem realizar o tratamento com orientação de um médico, assim como quem faz tratamentos invasivos e gestantes.
Preço
O valor cobrado pela técnica da micropigmentação para estrias depende do tamanho da área a ser tratada, mas geralmente varia de R$350 a R$600*. Também é possível fechar pacotes com vários encontros, o que barateia os custos.
* Valores pesquisados em janeiro de 2017 e sujeitos a alterações.
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