Se uma pessoa que tem um irmão gêmeo cometer um crime e deixar suas impressões digitais pelo lugar do delito, ela poderá confundir as investigações policiais acusando o próprio irmão?
Apesar de parecer o script de um filme, esta é uma situação que muita gente já parou para pensar; afinal, o senso comum diz que gêmeos univitelinos têm o mesmo DNA e, portanto, seriam “pessoas iguais” em todas as características físicas.
As impressões digitais, uma das pistas mais comuns para resolver crimes, também utilizada em documentos e em serviços com biometria, também devem ser as mesmas, não?
A resposta deste enigma está na formação do feto. Leia a seguir.
Formação de gêmeos univitelinos

A gravidez de gêmeos univitelinos é originada da fecundação de um óvulo por um espermatozoide, que depois acaba sofrendo uma divisão. Na formação intra-uterina, o posicionamento dos fetos diz muito sobre como é caracterizada a impressão digital de cada um que, pode acreditar, não é igual.
Impressões digitais diferentes
Mesmo compartilhando o espaço no útero materno, cada feto entra em contato com um ambiente distinto, por estarem em áreas diferentes. Portanto, as impressões digitais que se formam nos dedinhos das mãos e dos pés podem até ter a mesma fórmula, mas nunca o mesmo desenho.
Solução do caso: é impossível, portanto, alguém incriminar outra pessoa por meio da identificação de impressões digitais.