Se você nunca fez isso, com certeza, já viu alguém fazendo: inalar o gás hélio daquelas bexigas que flutuam e falar ou cantar algo com a voz bem fina e engraçada. Mas, afinal, por que isso ocorre?
A resposta, de certa forma, está implícita no parágrafo acima. As bexigas cheias de gás hélio flutuam porque este gás é bem mais leve do que o ar da atmosfera, cujo principal componente é o nitrogênio.
Por ser bem mais leve e menos denso, o gás hélio passa pelas nossas cordas vocais a uma velocidade bem maior do que o ar que expiramos normalmente. Daí o fato de a nossa voz ficar fininha.
O ar que expiramos é composto 78% de nitrogênio. A compressão das moléculas de nitrogênio nas nossas cordas vocais emitem sons que possuem ondas de certo comprimento e frequência. Para se ter uma ideia, a massa do hélio é SETE VEZES MENOR do que a do nitrogênio, e sua velocidade de propagação é de 965 metros por segundo – TRÊS VEZES MAIOR do que a do nitrogênio.
Portanto, quando o hélio é inalado e expirado, o som viaja a uma velocidade bem mais rápida, com outro comprimento e frequência de ondas, deixando a voz mais fina.
O efeito OPOSTO ocorre se for inalado um gás com massa maior do que a do nitrogênio. Neste caso, a voz ficaria bem mais grave.
Mas, atenção: embora o gás hélio seja inofensivo para a saúde, você não deve inalá-lo em grandes quantidades, pois não há envio de oxigênio para os pulmões e o cérebro, o que pode causar sufocamento. Outra recomendação: jamais inale o gás hélio diretamente dos cilindros, pois ele sai em grandes quantidades e muito gelado.
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