Quem foram os antipapas e por que a Igreja lamenta este assunto?

O termo “antipapa” é um bocado sinistro. Este cargo foi recorrente na Idade Média e ameaçava o poder absoluto do Vaticano sobre a religião católica. Saiba mais sobre estes personagens e o que significaram.

#1 – Todos católicos

Ao contrário do que o nome “antipapa” pode fazer parecer, eles não eram contrários aos ensinamentos da religião católica. Pelo contrário, também eram cardeais, mas se recusavam a ceder ao comando dos papas eleitos em Roma.

#2 – Politicagem

Os “antipapas” eram escolhidos por cardeais e nobres contrários ao grupo que estava dominando o Vaticano. Eram empossados na cidade de Avignon, na França, e tentavam exercer o poder sobre regiões da Europa que não estavam contentes com o Papa.

#3 – Divisão perigosa

A situação chegou ao máximo de tensão em 1378, quando os cardeais não se entenderam sobre a escolha do novo papa. Um ficou em Roma (Urbano VI) e outro em Avignon (Clemente VII), causando uma divisão na Europa chamada de “Grande Cisma do Ocidente”.

#4 – Três papas

A divisão chegou a ser ainda maior nos anos seguintes, quando outro antipapa foi eleito na cidade italiana de Pisa. O mundo, então, passou a ter três papas. A situação só voltou ao normal, com um único papa no Vaticano, em 1417.

#5 – Assunto embaraçoso

Por deixar claro que a política em MUITAS vezes toma a frente dos conceitos cristãos nas decisões da Igreja, o tema é espinhoso até hoje para a Igreja Católica.