Quando se fala em cuidados relacionados ao urso-panda, significa que temos que ir além do fato de que estão quase extintos. Comparados a outros ursos, eles são mais frágeis, menos ativos e vivem por menos tempo que a maioria deles.
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As últimas pesquisas sobre o panda foram divulgadas na revista científica “Journal Science” e revelam como a dieta deles influencia nisso tudo. “Uma combinação morfológica, comportamental, psicológica e de adaptações genéticas levam a uma baixa despesa de energia, permitindo aos pandas que sobrevivem numa dieta de bambu”, diz o artigo.
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Urso-panda tem uma dieta basicamente de bambu. Por mais que o alimento não tenha a energia que ele precise para desempenhar atividades enérgicas, é suficiente para que mantenha uma vida relativamente longeva (de 12 anos), mas de pouca atividade. Energia
Os ursos panda dispendem apenas de 38% de energia que um animal do mesmo porte que ele. Isso tem a ver com sua alimentação. “Achamos que o metabolismo dos pandas é bem baixo, já que sua dieta com bambu lhe oferece pouca energia”, explica Fuwen Wei, zoólogo da Academia de Ciências de Pequim. Preguiçosos
Os pandas são muito preguiçosos. Mexem pouco, e bem devagar. Pandas aprisionados perdem 1/3 do seu tempo só se movimentando pra lá e pra cá, sem nenhum objetivo. Quanto aos pandas selvagens, dedicam metade de seu tempo nesse vaivém sem propósito. Órgãos menores
Comparado ao porte que possuem, os pandas têm cérebros, fígados e rins pequenos. Dessa forma, gastam menos energia para se manter. Hormônios
Os níveis de hormônio dos pandas são menores que os de outros ursos. Ao examinar o genoma dos bichos, pesquisadores descobriram que eles possuem uma mutação chamada DUOX2, que está relacionada ao nível de produção de tireoide – níveis que também são menores, se comparados a outros ursos. Com isso, a capacidade de ‘aumentar’ o corpo a partir da alimentação é menos acentuada que outros ursos, como urso-negro e urso-pardo.