Fato é que as pessoas estão cada vez mais apegadas ao celular e às demais tecnologias. É o caso da estudante de administração Mariana Amorim, de 22 anos, que não consegue mais imaginar viver sem o seu aparelho celular. “Nunca! Sem nenhuma chance!”, diz, enfática.
Mariana afirma deixar o aparelho ligado direto. Nas poucas vezes em que esquece o celular em casa, a jovem diz ficar nervosa e brava consigo mesma e vê se há alguma possibilidade de voltar para buscá-lo. Caso não haja, fica super ansiosa para chegar em casa e ver se alguém ligou. “Um dia fui trabalhar e esqueci meu celular em casa. Na minha cabeça, eu estava deixando de fazer muita coisa pela falta dele”, afirma.
A pessoa tem que ficar atenta sempre que passar a se desinteressar por atividades sociais, afetivas e de lazer que anteriormente gostava. O processo é “traiçoeiro”, vai minando lentamente a pessoa, que passa a despender, cada vez mais, horas do seu dia a determinada situação
Na rua, se a bateria acaba ou fica sem sinal de cobertura, fica pensando nas pessoas que devem estar tentando ligar e nas ligações que deveria estar fazendo. “É uma loucura mesmo!”, assume. Entretanto, Mariana afirma que essa dependência ainda não atrapalha sua vida. “Acho que qualquer dependência não faz bem, mas por enquanto não tem atrapalhado em nada. Se, de fato, estivesse me atrapalhando, eu procuraria um tratamento”, conclui.
A estudante de jornalismo Alessandra Maia é outra que já elegeu o aparelhinho algo essencial em seu dia-a-dia. “Viver sem o celular nos dias de hoje, só se eu estivesse participando de um concurso milionário que tivesse isso como exigência”, diz. A estudante afirma, ainda, ficar preocupada quando esquece o celular em casa, devido às possíveis oportunidades que possa estar perdendo.
Até a popstar Madonna assumiu recentemente, em entrevista à revista britânica Elle, que dorme com seu smartphone embaixo do travesseiro! Segundo a cantora, seu marido, o cineasta britânico Guy Ritchie, faz o mesmo. Ela revelou que adotou a prática para quando acordar durante a noite com alguma idéia, poder anotá-la. Madonna acrescentou que acredita que muitos outros casais também adotam a prática.
A psiquiatra Evelyn Vinocur alerta para os sinais de possíveis casos do transtorno: “A pessoa tem que ficar atenta sempre que passar a se desinteressar por atividades sociais, afetivas e de lazer que anteriormente gostava. O processo é “traiçoeiro”, vai minando lentamente a pessoa, que passa a despender, cada vez mais, horas do seu dia a determinada situação”.
Ao ser constatada a fobia, Evelyn aconselha que a principal providência a ser tomada é procurar um psiquiatra experiente e de confiança. “Além disso, a família precisa ajudar. Precisa entender o mecanismo patológico da doença”, conclui.
Por isso, fique esperto! Não seja mais uma vítima da modernidade! O celular, assim como a maioria dos inventos tecnológicos, são muito práticos e úteis. Entretanto, como tudo na vida, deve ser aproveitado com moderação…