Os bebês habitualmente preferem ficar no colo e, quanto mais novos eles são, maior é essa necessidade. No entanto, chega um momento em que o bebê precisa adquirir mais autonomia, o que costuma ser difícil para aqueles mais apegados à mãe.
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“Consideremos que até bem pouco tempo atrás ele estava envolvido e muito bem protegido pela mãe e, agora, em um ambiente que lhe é altamente inóspito, é natural que ele queira voltar à situação segura anterior e o mais próximo disto é o colo materno”, explica o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”.
Dar colo o tempo todo faz mal?
Segundo ele, o “desmame do colo” deve ser lento e progressivo, à medida que o bebê se torna mais seguro com relação a seu nove meio ambiente. “Cada bebê tem um comportamento diferente. Considera-se no entanto que, em média, o bebê inicia a engatinhar entre 8 e 11 meses de idade, e a andar entre 10 e 18 meses. A partir de então o bebê começa a ficar mais independente”, afirma.
E se mesmo já mais crescidinho o bebê continuar pedindo colo com frequência? “Colo sempre foi e será uma forma de carinho. Todos os filhos querem, e todos ao pais devem dar. O que é nocivo à formação de crianças saudáveis é o excesso”, diz.
Bebês mimados
Um ponto importante é evitar deixar o filho muito mimado. Quando o bebê chora, por exemplo, a atenção não deve ser imediata. “O atendimento ao que o bebê solicita deve sempre ser dado. No entanto o caráter de urgência deste atendimento é prejudicial para o bebê, uma vez que ele passa a exigir cada vez mais”, afirma.
Ele explica que, se a mãe está realizando alguma tarefa e o bebê demonstra necessidade de algo, tal tarefe pode (e deve) ser efetuada, para só então dar atenção ao bebê.
Mães inseguras
Também é importante que as mães não se sintam inseguras ou que, pelo menos, não transmitam essa insegurança para o bebê. “Bebês têm como fonte de aprendizado seus pais. E tal aprendizado se dá por imitação. Mães inseguras tendem a formar filhos inseguros. Mães (ou pais) que se preocupam excessivamente com os bebês criam bebês preocupados. Há que se ter sempre um meio termo em todas nossas atitudes, para que formemos filhos saudáveis física e emocionalmente”, finaliza.