Sempre achei cabelos curtos lindos. Para os outros. Eu, por ser muito alta (1,79m) e ter um pescoço longo e fino, preferia mantê-los compridos, o que me passava a impressão de amenizar essas características. Não queria parecer maior do que já sou. Outra questão que sempre considerei foi o fato de ter bochechas, que deixam meu rosto mais gordinho, o que poderia ficar acentuado com o cabelo mais curto.
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Mas fui cansando de me olhar no espelho e me ver sempre com a mesma cara. Eu aparava as pontas de tempos em tempos, às vezes chegava a tirar uns quatro dedos, mas, como meu cabelo cresce muito rápido, praticamente não fazia muita diferença. Mesmo quando eu fazia uma escova ou tentava fazer cachos, estava sempre igual. E, como moro no Rio de Janeiro, onde a umidade é alta e as temperaturas estão acima dos 30 graus praticamente o ano todo (e acima dos 40 no verão), para mim era quase impossível usar o cabelo solto. E qual o sentido de ter um cabelo comprido se ele está sempre preso?
Dica para mudar o cabelo
Chegou um momento em que tudo isso começou a não me fazer bem e eu senti que precisava mudar! Mas tinha medo de não me adaptar, de ter muito trabalho para cuidar e, principalmente, de ficar feio… Era muita insegurança, embora eu estivesse decidida. Procurei um profissional experiente, Rudi Werner, do Werner Maison, porque não podia ter erro. Conversamos e expliquei o que eu queria. Segundo ele, esse é o primeiro passo para definir o corte. “Para fazer uma mudança é preciso, primeiramente, que os profissionais saibam os porquês, entendam a cliente, conversem e saibam o que ela sonha, o que ela quer transmitir com o novo cabelo, quais seus traumas, seus medos. Assim o profissional vai poder passar segurança na hora da mudança”, diz.
Melhor corte para afinar o rosto
Outro ponto importante nessa conversa é definir o tipo de corte. No meu caso, eu queria algo que afinasse o rosto e que não fosse reto. “O cabelo em camadas suaviza o rosto e o cabelo curto deixa o rosto mais fino. É sempre o tipo de corte que vai afinar ou encorpar mais. E é preciso sempre buscar também o equilíbrio, como no caso de uma mulher alta, um corte que cubra o pescoço. Não que as altas não possam ter fios curtíssimos. Se tiver personalidade, sempre fica bacana. E o contrário também, um cabelo maravilhoso, se a pessoa não segurar, fica feio”, explica.
Vantagens do cabelo curto

O cabeleireiro precisa saber, ainda, se o corte é prático e se a cliente terá tempo e/ou habilidade para cuidar. “O curto em camadas é mais fácil cuidar, você consegue estruturar melhor e fazer vários looks. Se fosse reto, não seria possível, ia limitar mais. Nesse corte é possível usar ondulado, mais liso, com mais volume, atrás da orelha, preso… Tem muitas opções, dá para brincar e fazer vários estilos”, afirma.
Além disso, ele diz que o cabelo curto combina com o inverno e é uma tendência. “Cada cabelo transmite algo diferente. O comprido é mais despojado, o que tem camadas é mais feliz, o reto é mais sério e o curto é mais chique”, diz.
Eu adorei o novo corte, achei que ficou bem leve. Ainda estou me adaptando, é claro, mas o resultado foi até melhor do que eu imaginava. Para lavar e secar é muito prático e rápido. Aproveitei também para doar os mais de 20 centímetros cortados para a ONG Laço Rosa, que faz perucas para mulheres em tratamento contra o câncer.