Apesar de às vezes ser exaustivo para os pais, o ato de chorar é a principal forma de um bebê demonstrar insatisfação ou desconforto e significa que ele está saudável e em fase de desenvolvimento.
Contudo, caso as lágrimas não “sequem” dos olhos mesmo após o incômodo já ter passado, o canal lacrimal do pequeno pode estar obstruído.
Como saber se o canal lacrimal do bebê está entupido?
O entupimento do canal ocorre, principalmente, por uma falha na abertura da via lacrimal durante o final da gestação.
Após lubrificar o olho, a maior parte da lágrima evapora, enquanto o restante deve ser expelido pela via lacrimal. Quando o bebê ou criança está com a obstrução, os olhos permanecem constantemente molhados, as pálpebras ficam inchadas e os cílios podem ficar “colados”.
É comum que as mães confudam a condição com conjutivite, que é uma infecção. Afinal, de acordo com a pediatra Juliana Obrownick Okamoto Ueta, as duas formam uma excreção espessa, amarelada e similar ao pus.
“Isso porque não tem lágrima para fazer a limpeza da secreção. Portanto, para diferenciar as doenças, é necessário ir a um pediatra ou oftalmologista”, orienta.
Há técnicas para serem feitas em casa durante os primeiros meses, melhorando o quadro e evitando que seja necessária a intervenção de cirurgias, entubações do canal ou tratamentos com antibióticos.
Como massagear o olho do bebê?
Com um pequeno pedaço de algodão embebido em soro fisiológico ou água morna filtrada, massageie suavemente o canto interno do olhinho do bebê de quatro a cinco vezes por dia.
Embora a condição se cure sozinha em 90% dos casos e as indicações cirúrgicas sejam raras, é preciso ficar atenta com o passar do tempo. “A operação é indicada quando a criança tem mais de um ano e o entupimento não melhora”, explica Juliana.
Mesmo com a presença da anestesia geral, o procedimento é considerado conservador: não é preciso cortar ou dar pontos, apenas são usados instrumentos para romper a membrana da via lacrimal.