A primeira noite de 2018 terá um espetáculo no céu. Se entre 31 de dezembro e 1 de janeiro, o céu ficará iluminado com os fogos de artifício, na virada do dia 1 para o dia 2 do primeiro mês do ano, será a Lua a principal atração celeste: em sua fase cheia, ficará aproximadamente 11% maior e 5,5% mais brilhante que o comum.
Superlua de 1 de janeiro
A superlua ocorre quando dois eventos cósmicos acontecem ao mesmo tempo. Um evento é o alinhamento de Sol, Terra e Lua de tal maneira que a face lunar esteja completamente iluminada pela luz solar (conhecemos esse fenômeno como lua cheia). Alinhada de maneira oposta, ou seja, do outro lado da Terra, ocorre a superlua na fase da lua nova.
O outro evento é a ocorrência do perigeu (a aproximação máxima da Lua em relação à Terra durante sua rota orbital ou até 90% próxima desse ponto). Funciona assim: a Terra gira em torno do Sol, e a Lua gira em torno da Terra. Nesta dança dos astros cósmicos, a distância entre o planeta e o satélite natural aumenta e diminui, de acordo com a posição da órbita lunar.
Quando a Lua está mais distante (aproximadamente 405 mil quilômetros) – e portanto visivelmente menor – dá-se o nome de apogeu, e quando a Lua está o próxima (pouco menos de 360 mil quilômetros) – e portanto visivelmente maior – chamamos de perigeu. A média exata é de 384.402 km dela até nós. O termo “superlua” foi definido em 1979 pelo astrônomo Richard Nolle.
Superluas e eclipse lunar em janeiro
Na noite do dia 1 de janeiro, exatamente às 21h56, a Lua atinge seu perigeu, a exatos 356.565 quilômetros da Terra, e atinge seu momento de melhor visibilidade a partir das 2:24 já do dia 2 de janeiro, quando entra em sua fase cheia.
Já o eclipse do dia 31 será acompanhado de outro evento cósmico – que, infelizmente não será nítido do Brasil. Durante algumas horas, haverá o eclipse lunar total, no qual Sol, Terra e Lua ficam perfeitamente alinhados e nenhum raio de luz solar atinge a Lua.
Contudo, este evento só poderá ser visto do leste asiático, da Oceania e do oeste da América do Norte.
Melhor horário para ver
Astrônomos recomendam dois horários como os mais propícios para admirar a superlua: um pouco antes da Lua se por no horizonte ou minutos depois que ela surge no céu. O motivo é o efeito chamado “ilusão lunar”: podemos vê-la mais brilhante e maior, devido à comparação que nossos olhos fazem com outros elementos, como montanhas ou prédios.
Quantas vezes por ano ocorre a superlua?
O evento pode ocorrer de uma a seis vezes ao longo de um ano. A variação depende de dois fatores: as fases da Lua e a aproximação com a Terra. Os dois movimentos lunares, contudo, não estão completamente alinhados.
As fases da Lua são calculadas com base no mês sinódico, no qual cada fase demora exatos 29 dias e 12 horas para se repetir. Contudo, o satélite leva 27 dias e 6 horas precisamente para dar uma volta completa na Terra. Esse descompasso é que permite que haja tantas ou tão poucas superluas em um intervalo de 365 dias.
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