7 coisas que você não sabia sobre o Ku Klux Klan

O Ku Klux Klan foi fundado em 1866 como uma associação de grupos de extrema direita nos Estados Unidos. Entre seus mandamentos básicos estão o antissemitismo, a homofobia e o racismo. De qualquer forma, a principal razão era a supremacia total da raça branca. Não é à toa que a facção foi criada pouco depois da Guerra de Secessão, que acabou com a escravidão nos Estados Unidos.
7 – O Ku Klux Klan não é só um grupo unificado

O KKK se formou oficialmente na segunda metade do século XIX e só durou alguns anos. Voltou quase 50 anos depois, em sua fase mais forte, com o filme “O Nascimento de Uma Nação”, de 1915, que retrata a Guerra Civil Americana e foi tirado de um livro sobre o Ku Klux Klan. Naquela época a facção se fortaleceu e enfrentou não só os negros, mas também os judeus, os homossexuais e os imigrantes. Este foi o momento mais fore do Klan, com aproximadamente seis milhões de membros.
Outra versão formou-se nos anos 30 e durante a Segunda Guerra Mundial, mas com menos membros e menor influência. Hoje o KKK tem pequenos grupos espalhados sem poder centralizado.
6 – Um dos líderes do KKK era judeu e foi expulso do exército

Em 1965, o jornal New York Times divulgou a polêmica história de um dos líderes do KKK. Daniel Burros, um judeu de nascimento que logo depois que terminou a escola secundária se uniu ao exército norte-americano e alguns anos depois foi expulso por “razões de falta de idoneidade, caráter e transtorno de conduta.”
Logo depois disso começou a se familiarizar com as ideias fascistas e virou integrante do American Nazi Part. Uniu-se ao KKK e rapidamente subiu na pirâmide até se tornar o Grande Dragão de Nova York, apontado pelo Bruxo Imperial Robert Shelton.
Quando o NYT divulgou que ele era judeu, foi expulso pelo KKK e se matou.
5 – O KKK tinha um programa para crianças

“The Andrew Show” é uma série de vídeos transmitida a partir de 2009 em que dois garotos loiros compartilham suas opiniões sobre temas delicados como religião e raça falando com o objetivo de doutrinar crianças da sua idade. Fica claro que Andrew Pendergraft lia uma espécie de teleprompter, claramente pregando um texto escrito por algum adulto.
4 – Os integrantes do KKK tinham um acampamento de verão

No verão os integrantes da facção levavam suas famílias para descansar e se divertir em um acampamento de baixo custo. A iniciativa transformou-se em uma forma eficaz de integração dos integrantes da seita e fazer propaganda.
3 – Em 1979 um policial negro se infiltrou no KKK

Em 1979, Ron Stallworth, um policial negro de Colorado Springs, decidiu se infiltrar na organização. Falou ao telefone com os líderes da seita e deixou claro seu interesse em se unir à organização e marcou uma entrevista. O problema é que ele é negro e obviamente seria descoberto pelo grupo racista logo de cara. Em seu lugar enviou então um policial branco da divisão de narcóticos para se passar por ele. O falso Stallworth foi aceito e frequentava as reuniões com o “rosto descoberto” (os integrantes do KKK eram conhecidos, também, por esconderem seus rostos com uma vestimenta) enquanto o verdadeiro se comunicava com os líderes por telefone. A operação foi cancelada tempos depois, mas a seita nunca soube a verdade.
2 – O KKK obteve a licitação da estrada Rosa Parks

Em 1994 um membro do KKK entrou em uma licitação para administrar e manter a Missouri Highway. A solicitação foi negada pelo Judiciário local. Anos depois, em 2001, uma Corte Federal disse que era inconstitucional negar a solicitação por ele ser membro da seita e mudou a decisão, concedendo a administração ao integrantes do KKK. Mas o estado do Missouri recorreu e ganhou, batizando a estrada como Rosa Parks Freeway, em homenagem à ativista dos Direitos Civis dos Negros, Rosa Parks.
1 – “The KKK Took My Baby Away”*

O KKK foi um grupo violento que se dedicava a identificar e perseguir negros, homossexuais, judeus e imigrantes em geral. Atuavam à noite e com os rostos cobertos para não serem reconhecidos.  Houve grande quantidade de denúncias por maus tratos, golpes, sequestros e homicídios atribuídas aos membros do KKK. Um dos casos mais famosos é o de Madge Oberholtzer, uma professora de literatura que em 1925 foi sequestrada, violentada e morta por David Curtiss Stephenson, Grand Dragon de Indiana.

*“The KKK Took My Baby Away” é uma música composta pela banda Ramones