Fêmur mais antigo do mundo é achado por acaso após remador se confundir: achou que era crime

por | fev 21, 2022 | Ciência

Imagine a seguinte situação: você saiu para remar com um grupo de amigos e durante o passeio, se depara com um osso.

A reação mais natural seria associar o estranho objeto com animais — afinal, ele foi encontrado em um rio. Porém, o que acontece quando você percebe que está diante de um osso humano?

Foi o que aconteceu com Simon Hunt, que encontrou um osso humano em pleno Rio Tâmisa, em Londres, após um passeio com amigos. A grande surpresa, porém, foi descobrir a idade do objeto encontrado.

Homem encontra osso humano no Rio Tâmisa

Parece ficção, mas a história é real: o designer gráfico Simon Hunt foi o responsável por encontrar o artefato, e conforme sua história “viralizou” por todo o mundo, ele deu mais detalhes sobre o acontecimento inusitado.

O episódio aconteceu em setembro do ano passado. Simon estava começando um treino de remo às sete da manhã na região centro-oeste de Londres, quando encontrou um objeto estranho no leito do rio, durante a maré baixa.

Segundo o remador, o osso era comprido e inicialmente, pensou que poderia ser de um animal. Porém, quando sentiu o peso do objeto, começou a duvidar de sua primeira impressão.

Olhando atentamente, Simon notou o formato do fêmur — o maior osso do corpo humano, localizado na coxa. Ele também estranhou a cor do osso, bem como o formato das juntas, e começou a indagar qual seria sua origem.

Polícia não acreditou na história de Simon

Quando começaram a pensar na origem do osso, Simon e seu grupo temeram pelo pior. Em entrevista à reportagem de VIX, o designer contou que ficou chocado. “Para ser honesto, eu esperava que fosse antigo, porque se não fosse, poderia estar associado a algo mais sinistro”.

O designer pensou em várias possibilidades, incluindo assassinatos ou brigas de gangue antigas — afinal, era impossível mensurar a idade do objeto a olho nu.

Após guardarem os barcos, Simon colocou o osso em um saco plástico e reportou o achado à polícia. O remador respondeu algumas informações on-line e esperou pelas autoridades até as três da tarde.

Quando os dois oficiais chegaram, Simon diz que eles duvidaram da história, pensando que deveria ser um trote. Porém, depois de verem o objeto, tudo ficou mais claro.

Idade do osso surpreendeu a todos

A dúvida que restava era saber de onde veio o curioso objeto, ou há quanto tempo estava perdido. Simon deixou o osso com a polícia na época do encontro e recebeu o resultado da checagem de carbono algum tempo depois, atestando sua idade.

“Quando a detetive me chamou para dizer que os resultados de carbono chegaram, ele me pediu para adivinhar. Eu disse, ‘era medieval?’ Talvez romano, porque houve uma travessia de (soldados) romanos onde treino no rio Tâmisa. Ela então confirmou que tinha entre 3516 e 3365 anos, e depois adicionou um ‘A.C.’ (antes de Cristo), então, você pode adicionar mais uns 2022 anos nisso”, brincou.

Com mais de 5.000 anos, o fóssil encontrado por Simon é mais antigo que Stonehenge, o monumento histórico de pedras em círculo situado no Reino Unido, que cientistas acreditam ter sido levantado entre 2400 e 2200 A.C.

Atualmente, o osso foi entregue ao Museu de Londres e mais estudos sobre sua idade e origem podem surgir em breve. “Agora eles farão uma análise para ver se o fóssil será exposto como parte de sua coleção”, explicou Simon.

A história repercutiu por todo o mundo, e Simon anseia por mais informações sobre o fóssil. “Seria ótimo descobrir mais informações e o museu me manterá informado. Não sabemos se é masculino ou feminino, e talvez eles façam uma análise de DNA para descobrir”.

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