Uma investigação da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, concluiu que a velocidade a que uma pessoa caminha é um bom indicador de seu estado de saúde e, portanto, da sua expectativa de vida.
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Antes de continuar, vale esclarecer que esse é apenas um indicador, e que começar a andar mais rápido não vai fazer você viver mais, infelizmente.
Quem caminha a mais de 1m/s vive mais
A pesquisa é uma meta-análise de uma série de estudos, que envolveram um total de 34.500 pessoas. Os investigadores descobriram que pessoas com expectativa de vida mediana caminham a 0,8 metros por segundo, enquanto aqueles que têm melhores condições de saúde e uma maior expectativa de vida caminham a mais de 1 metro por segundo.
Essa característica foi verificada especialmente em pessoas com mais de 75 anos.
Os pesquisadores sugerem que o corpo escolhe a velocidade apropriada para caminhar, em função do estado geral de saúde. Nível de energia, controle do movimento e coordenação dependem de um bom funcionamento dos diferentes sistemas do corpo, como o sistema cardiovascular, nervoso e muscular, entre outros.
Isso significa que a velocidade a que uma pessoa pode caminhar é um indicador de sua saúde, e não algo que possa ser melhorado para aumentar a sua esperança de vida.
D e qualquer forma, as análises sugerem que, durante toda a vida, existe um desenvolvimento da velocidade a que caminhamos.
Deste modo, a velocidade a que uma pessoa mais velha caminha é determinada não só pelos fatores antes mencionados, mas também pela velocidade média dessa pessoa quando mais nova.
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Nesse sentido, podemos considerar que, quanto mais rápido caminharmos enquanto jovens, menos velocidade perderemos quando estivermos mais velhos, para, então melhorar nosso estado de saúde e adquirir maior esperança de vida.
Essa é uma análise válida, porém duvidosa, uma vez que não esclarece como exatamente a velocidade afeta o nosso estado de saúde atual.
Mas, além da relação entre velocidade do passo e saúde, essa pesquisa fornece uma nova ferramenta para a medicina, provando um novo indicador para a expectativa de vida.