Depois da crise econômica de 2008, que atingiu não só os EUA como o mundo todo, as pessoas começaram a se interessar mais pelo mercado financeiro, e se interessaram tanto que o assunto chegou em Hollywood. Desde então, alguns grandes filmes sobre o mercado financeiro e a economia foram lançados, como por exemplo “O Lobo de Wall Street” e “A Grande Aposta”. Para os leigos, porém, pode ser um pouco difícil entender o que é o mercado financeiro e como ele funciona. Veja aqui como entendê-lo melhor!
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Uma Bolsa de Valores não é nada mais do que uma rede global gigante que tende a organizar o mercado onde, todos os dias, são movimentadas grandes somas de dinheiro. São transacionados anualmente mais de sessenta trilhões de euros, um valor superior ao de todos os bens e serviços de toda a economia mundial.
Contudo, na Bolsa não se transacionam maçãs ou escovas de dente em segunda mão, mas sim, predominantemente, títulos.
Os títulos conferem direitos a ativos, na maior parte das vezes sob forma de ações. Uma ação representa parte do capital de uma empresa. Mas por que as ações são comercializadas?
Em primeiro lugar, o valor de uma ação está relacionado com a empresa que está por trás. Se pensarmos no valor de uma empresa como se fosse uma pizza, quanto maior for o valor global da pizza, maior será o pedaço de cada fatia.
Se por exemplo o Facebook consegue aumentar os seus lucros com um novo modelo de negócio, o tamanho do valor da pizza da empresa vai subir, e, como resultado, os valores das suas ações também. Isso, é claro, é ótimo para os acionistas.
Uma ação com um valor inicial de, por exemplo, 38 euros, poderá valer 50 euros. Quando vendida, representa um lucro de 12 euros por ação! Mas o que o Facebook ganha com isso?
A empresa pode angariar fundos vendendo as ações para investir ou expandir as suas atividades. O Facebook, por exemplo, ganhou 16 bilhões de dólares por estar cotado na Bolsa de Valores.
Contudo, a negociação em ações é frequentemente um jogo de sorte. Ninguém poderá dizer que companhia terá um bom desempenho ou não. Se uma empresa tiver uma boa reputação, será suportada pelos investidores. Uma empresa com uma reputação ou desempenho pobres, terá dificuldade em vender suas ações.
(” Dinheiro é uma vadia que nunca dorme!”)
Ao contrário de um supermercado, em que os bens são palpáveis e podem ser levados para casa, na Bolsa de Valores existem apenas bens virtuais disponíveis. Os preços das ações cotadas são apresentados em quadros e monitores. Tais preços podem subir ou descer em segundos. Os acionistas têm, por isso, que agir rapidamente para não perderem uma oportunidade.
Até um simples rumor pode resultar na queda da procura de uma ação, independente do valor da empresa.
É claro que o contrário também pode acontecer. Se um grande número de pessoas comprarem ações fracas, por verem, por exemplo, potencial em uma ideia, isso fará o valor das ações subir.
As empresas jovens, particularmente, podem se beneficiar desse fato. Mesmo que suas vendas caiam, elas podem gerar receitas vendendo ações. No melhor dos cenários, isso fará com que sua ideia se torne realidade. No pior dos cenários, resultará em uma bolha especulativa apenas cheia de ar quente. E, como é o caso das bolhas, em algum ponto elas vão estourar.
(” O ponto, senhoras e senhores, é que a ganância, na falta de palavra melhor, é boa”)
O valor das trinta maiores empresas da Alemanha, por exemplo, é resumido no índice de ações DAX. O DAX mostra quão bem ou não essas companhias gigantes estão, e assim, o desempenho da economia como um todo.
As Bolsas de Valores de outros países também têm seus próprios índices, e todos esses mercados juntos, criam uma rede de mercado global.