Parece brincadeira de estátua. Mas, na verdade, é o corpo reagiando a uma situação de muito nervosismo. Cientistas descobriram que a resposta para altos níves de ansiedade em jovens e adolescentes pode incluir não apenas as partes do cérebro que lidam com as emoções, mas também o controle associado ao movimento – ou a inibição dele. É por isso que você se sente quase “ congelado” quando está muito estressado.
Da infância à adolescência
Um grupo de pesquisadores italianos e canadenses decidiu acompanhar um grupo de crianças socialmente ansiosas. Eles controlaram o comportamento dos voluntários da infância até a adolescência. No início do estudo, 150 crianças tinham idade entre 8 e 9 anos e apresentavam sinais de inibição social. Algumas delas também apresentavam os primeiros sinais de ansiedade social, e tinham mais dificuldade em reconhecer emoções e rostos particularmente irritados.
Quando chegaram às idades de 14 e 15 anos, os voluntários foram testados novamente. Dessa vez, a ideia era perceber se os sinais de ansiedade social tinham se desenvolvido. Para isso, os pesquisadores usaram exames cerebrais de ressonância magnética funcional e também testaram como os cérebros destes adolescentes respondiam a expressões faciais irritadas.
Qual efeito da ansiedade?
Segundo a pesquisadora chefe do estudo Laura Muzzarelli, os resultados mostraram que quando se apresenta um rosto irritado, o cérebro dos adolescentes socialmente ansiosos responde com maior atividade nas amígdalas, que esta relacionada a área do cérebro que controla a emoção, memória e influência na nossa maneira de responder às ameaças.
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A grande surpresa foi descobrir que também há uma inibição produzida em algumas áreas motoras do cérebro, no córtex pré-motor. Esta é a região do cérebro que prepara o corpo para a ação através de movimentos bem específicos. Dessa forma, o estudo se torna a primeira prova concreta de que as emoções fortes produzem uma resposta motora no cérebro.
O mais curioso é que adolescentes que não apresentam ansiedade social tendem a não apresentar inibição nos controles de movimento do cérebro. Os pesquisadores concordam que a amostragem do estudo é pequena, mas essa seria uma possível explicação para alguma inibição motora associada ao estresse emocional.
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