O atleta fez história nas Olimpíadas de Tóquio e conquistou medalha de bronze em Paris 2024
O atleta Alison dos Santos, também conhecido como Piu, fez história ao vencer a medalha de bronze na prova dos 400 m com barreira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 – com dois pódios em duas participações em Olimpíadas. Mas, para conquistar as medalhas olímpicas, ele precisou superar muito mais do que as dez barreiras de 91,4 cm de altura cada.
Quando era bebê, Alison sofreu um acidente doméstico grave, que deixou marcas permanentes e visíveis, que quase o impediram de ingressar no esporte. Conheça a história do atleta.
Alison tem história linda de superação
Alison dos Santos tinha apenas 21 anos de idade quando se tornou um medalhista olímpico. O atleta, mais conhecido como “Piu” dentro do atletismo, nasceu em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo.
O corredor já havia conquistado o ouro nos 400 metros com barreira nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, mas sua trajetória até conquistar os títulos não foi fácil.
Quem já viu o atleta competindo em um outro momento deve ter notado que parece faltar cabelo na parte da frente da cabeça de Alison.
Panela de óleo quente caiu sobre ele
A “falha” trata-se de uma cicatriz que o atleta adquiriu com apenas 10 meses de idade, quando uma panela de óleo quente caiu sobre ele gerando queimaduras de terceiro grau. Isso acabou deixando uma grande marca em sua cabeça e outras menores no peito e no braço esquerdo.
Além disso, Alison ficou mais de dois meses internado no Hospital do Câncer de Barretos e acabou completando seu primeiro ano de vida ainda hospitalizado.
Por causa das cicatrizes, o atleta se tornou um menino muito tímido e chegou até a recusar o primeiro convite que recebeu para conhecer o projeto social de atletismo da sua cidade natal e, por causa disso, ele quase não ingressou no esporte.
Mesmo depois, quando começou a praticar o esporte, ele vivia de boné para esconder a cicatriz e chegou a realizar sua primeira competição cobrindo a cabeça com uma touca, por vergonha.
No Instagram do Time Brasil, que representa todos os atletas olímpicos, ele ganhou uma história em quadrinhos que retrata sua trajetória até as Olimpíadas de Tóquio.
Atleta superou cicatrizes e é medalhista olímpico
Mas, aos poucos, Alison foi se libertando das amarras das cicatrizes e hoje assume as marcas sem nenhum problema, mostrando ainda mais seu potencia.
Aos 16 anos, ele já competia entre adultos nos 400 metros com barreira e nos 400 metros rasos. Em 2018, ele começou a participar de provas internacionais e hoje, é o orgulho do atletismo brasileiro.