Por que o sol está tão laranja no final do dia? Causa é preocupante e traz prejuízos à saúde

por | set 6, 2024 | Atualidades

Entenda o porquê do pôr do sol laranja e saiba como proteger sua saúde durante esse momento

Durante as últimas semanas, fotos do sol com uma aparência “apocalíptica” e de cenas com pôr do sol extremamente alaranjado roubaram a cena nas redes sociais. Ainda que sejam cenários bonitos, porém, a explicação para que eles estejam acontecendo não é nada boa, e tem relação com desastres nacionais, além de poluição. Entenda abaixo por que o pôr do sol está tão laranja:

Sol laranja: qual é a causa

No último mês, focos de queimadas atingiram diversas cidades no Brasil. Isso se concentra especialmente na região amazônica, mas outros locais do País não deixaram de sofrer as consequências. Isso porque, devido à fumaça excessiva e às correntes de vento que vão de Norte a Sul, formou-se um verdadeiro corredor de fumaça na atmosfera, segundo a MetSul.

sol laranja
(Crédito: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)

Isso fez com que a fumaça da Amazônia chegasse até o Sudeste e mesmo ao Sul do País. Devido ao tempo quente e à baixa umidade relativa do ar, essas partículas de poluição e fuligem em excesso ficam “presas” bem próximo da Terra. Isso muda, e muito, a paisagem de diversos locais.

Com a presença maior que o normal de partículas de poluição e o corredor de fumaça criado pelas queimadas, a aparência do céu muda. O azul fica desbotado, as cidades ganham um céu mais acinzentado, e essa camada “bloqueia” os raios solares. Isso traz um contraste diferente ao sol, que brilha em um tom mais avermelhado no início e, principalmente, no fim dos dias.

(Crédito: MICHAEL DANTAS/AFP via Getty Images)

Essa também é a causa, por exemplo, de cenas com pôr do sol cujo céu fica em tons de laranja, vermelho e cor-de-rosa.

Fenômeno tem consequências para a saúde

A causa do pôr do sol laranja também traz consequências à saúde. Isso porque a maior quantidade de partículas de poluição suspensas no ar, maiores as chances de irritação no sistema respiratório e contágio por vírus ou bactérias. É um momento, portanto, nada propício para quem já tem problemas como asma, rinite ou sistema imunológico comprometido.

(Crédito: MICHAEL DANTAS/AFP via Getty Images)

Especialistas orientam o uso de máscaras do tipo N95 ou PFF2 nas ruas, alertando para o fato de que máscaras cirúrgicas, nesse contexto, não têm efeito algum no bloqueio da poluição que se inala. Além disso, recomenda-se ter em casa um umidificador de ambientes – ou, como alternativa, manter toalhas molhadas penduradas pela casa.

Outra recomendação de médicos para momentos de baixa umidade do ar – que chegou a níveis inferiores aos do deserto do Saara – são as de fazer inalação ou lavagem nasal com soro fisiológica de três a quatro vezes por dia. Manter-se hidratado e evitar a luz solar, bem como dispensar esforço físico extremo debaixo de sol, também são recomendações de saúde.

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