O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, mas, felizmente, apresenta grande chance de cura. Quando diagnosticado no começo, as possibilidades chegam a 98%. Esse é o caso da paulistana Denise de Souza, que descobriu um câncer no estágio inicial aos 42 anos.
Em 2004, graças ao autoexame, a advogada sentiu um nódulo no fim do seio direito, perto do osso. “Fui ao médico, ele disse que não era nada e me mandou tomar vitamina E. Depois de dois meses o nódulo continuou. Voltei e aí sim ele fez uma punção, que indicou um tumor maligno”.
Denise trocou de médico e operou um quadrante do seio, removendo apenas o nódulo e a área próxima. O tratamento combinou radioterapia e quimioterapia branca, que tem efeitos colaterais mais leves.
“O problema é que em 2008 eu tive uma recidiva e o tratamento teve que ser mais agressivo, com quimioterapia vermelha”. A recidiva significa o retorno do câncer após uma cirurgia curativa. “Foi então que me senti realmente doente e fiquei com medo, porque você não sabe o que acontecer, acha que vai morrer”.
Denise passou por uma nova cirurgia e removeu toda a mama direita. Planos de saúde e SUS são obrigados a fazer a reconstrução logo após a cirurgia, mas o processo nem sempre é fácil. “Você põe silicone, mas o seio da mastectomia não tem mama, não tem gordura, então, muitas vezes, é preciso tirar gordura de um lugar para colocar ali”, explica.
Assim que os cabelos começaram a cair, Denise fez uma prótese capilar e, apesar das dificuldades, continuou trabalhando durante todo o tratamento, que durou cinco meses.
“Eu tentava fingir que aquilo não estava acontecendo, por isso continuei trabalhando. Queria levar uma vida normal. Minha última sessão de quimioterapia foi dia 27 de dezembro. Saí do hospital direto para a praia para passar o ano novo”, conta a advogada.
Hoje, oito anos depois, Denise está completamente curada. De acordo com ela, o apoio das filhas Marcella e Giulia, que na época eram adolescentes, foi fundamental para vencer batalha. “Eles estiveram ao meu lado o tempo todo. Isso sem falar do meu marido, que ficou sempre comigo e continuou me achando linda, mesmo durante o tratamento”, finaliza.

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