Casamento ambivalente faz adoecer, diz pesquisa. O seu é assim? Descubra

Ambivalência é um estado de conflito de sentimentos perante uma pessoa ou coisa. Num casamento ou relação amorosa, ambivalência é a experiência de ter pensamentos e emoções simultaneamente positivos e negativos em relação ao seu par, o que torna a convivência doentia e em uma dinâmica viciosa de altos e baixos.

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É claro que todas as relações têm altos e baixos, e todos nós passamos por algumas crises de relacionamento ao longo dos anos. No entanto, o que mais recentemente os cientistas têm chamado a atenção é para os compromissos a dois que são constantemente bons e ruins ao mesmo tempo. Quando sensação de que o apoio ou a negatividade do parceiro podem ser imprevisíveis e isso pode aos poucos afetar a saúde do outro, pode-se haver um quadro de casamento ambivalente.

Também conhecida como Síndrome do Compromisso Ambivalente (SCA) estabelece um dilema entre um lado dominante e um lado dependente na relação. É aí que, em ambos os lados, se inicia o embate entre a mente e o coração.

Dominante ou dependente: quem é você?

A mente racional do dominante entende ser desperdício abandonar o parceiro dependente, enquanto seu coração quer mais do que está obtendo. Assim, ele raciocina que deve permanecer no relacionamento, mas sente (do fundo do coração) que deveria terminá-lo.

Já o embate do dependente é exatamente o oposto. Seu coração quer se agarrar ao relacionamento a todo custo, mas sua mente percebe o desinteresse do dominante e acende o alerta para permanecer submisso, resiliente, vulnerável, dependente.

Um nutre sentimentos positivos pelo outro, mas não sabe se tais sentimentos consistem no verdadeiro amor. Essa é a verdadeira questão da ambivalência: a vítima da SCA se sente aprisionada num poço de indecisão, enquanto a síndrome faz suas emoções e desejos flutuarem como um pêndulo.

Ora tudo parece ruim, errado e descabido ainda que o dominante se esforce para notar todas as boas qualidades do dependente. A perspectiva do compromisso adquire tanto desencanto quanto uma vida numa prisão emocional. No entanto, ao visualizar as reais consequências do rompimento do relacionamento, o dominante cai em sentimentalismo e nostalgia.

Todos esses sentimentos empurram o pêndulo para o lado positivo de novo. E muitas vezes, a mudança de atitude é tão brusca que o dominante mal consegue acreditar que sequer considerou a hipótese de abandonar o dependente. A partir do momento que o casal se concentra no relacionamento, o relaxamento da culpa traz alívio onde ambos experimentam momentos de felicidade autêntica, espontânea. Até que novamente o ciclo recomece.