Para provar aos seus alunos que as palavras têm força, a professora Ana Paula Frezatto Martins, de Curitiba, decidiu reproduzir um experimento feito com arroz que foi criado pelo cientista japonês Masaru Emoto.
O intuito de Emoto com o estudo feito por um mês era o de mostrar a influência que o amor, o ódio e a indiferença exercem sobre a vida das pessoas. O resultado deixou os alunos, que têm entre 10 e 11 anos, impressionados e fez com que eles mudassem suas atitudes.
Experimento com arroz mostra o poder das palavras
Primeiro, a professora colocou a mesma quantidade de arroz cozido em dois potes de vidro. Em seguida, fez um círculo com as crianças e pediu para que elas dissessem para o pote frases ruins que costumam ouvir.
“As crianças disseram palavras negativas e coisas como ‘você é burro’, ‘você é chato’, ‘seu idiota’, ‘eu te odeio’, ‘você não consegue’, ‘você não é capaz’ e até ‘vou te matar’, porque foi uma frase usada pelo Masaru Emoto no experimento dele”, explica Ana Paula.
Para o outro pote, ela pediu que os estudantes dissessem apenas palavras positivas, coisas que eles gostariam de ouvir das pessoas com quem conversavam e conviviam.
“Os alunos disseram que o arroz era importante para eles, especial, que ele era capaz, que podia fazer qualquer coisa que quisesse, que ele era especial e também frases como ‘nós gostamos de você’, ‘você é meu amigo’, ‘por favor’ e ‘muito obrigado'”, relembra a professora.
Depois de “ouvir” as frases, os dois potes foram fechados e permaneceram assim por dois meses.
Passados dois meses, o arroz colocado no pote “do amor” fermentou naturalmente. Já o arroz colocado no pote “do ódio”, embolorou. “Foi um resultado bem significativo e as crianças ficaram impressionadas. O arroz abençoado ficou amarelinho com um cheiro adocicado, mas estava intacto. O que ficou no pote do ódio ficou feio, fedido, estragou”, comenta a professora
Teoria de Masaru Emoto

Segundo Emoto, os pensamentos dos seres humanos geram emoções e reações bioquímicas que se manifestam nos organismos em três sistemas diferentes: imunitário, nervoso central e endócrino.
O primeiro teste do cientista foi feito com a água. O cientista submeteu moléculas de água a diferentes sentimentos humanos, pensamentos e músicas e depois fotografou os cristais formados pela água com um equipamento específico para captar os efeitos.
As amostras de água que foram expostas a palavras bonitas, como “verdade”, “sabedoria”, “obrigado”, “eterno”, “amor” e “gratidão” formaram cristais lindos. O mesmo aconteceu com as que foram expostas à música “Imagine”, de John Lenon, e a uma sinfonia de Mozart.
Já as amostras expostas a uma música heavy metal, à palavra “mal” e à frase “você me enoja” ficaram turvas e não formaram cristais.
Experimento com arroz
O segundo experimento foi feito com arroz. Desta vez, Emoto colocou arroz cru em três potes iguais de vidro, cobriu os grãos com água e todos os dias, por um mês, ele disse “obrigado” ao primeiro pote, “você é um idiota” para o segundo e ignorou completamente o terceiro.
Ao final do experimento, o arroz que “escutava” a palavra “obrigado” começou a fermentar e a soltar um forte e agradável aroma natural. O arroz do segundo pote ficou escuro e o arroz que foi ignorado mofou.
Com isto, o cientista tirou uma importante lição: é importante dar atenção às pessoas e conversar com elas, principalmente com as crianças, porque a indiferença é o que provoca o maior estrago na vida das pessoas.
Mudança na atitude das crianças
De acordo com Ana Paula, seus alunos passaram a elogiar e incentivar mais os colegas e agora tomam mais cuidado com o que falam, evitando as palavras negativas.
“Eu tenho um filho de 10 anos e ele vive falando que prefere morrer do que fazer tal coisa. Quando a gente só fala que eles não devem fazer isto, não entendem. Quando mostramos na prática, é diferente, entendem o que queremos dizer”, comemora Ana Paula.