Você certamente já viveu ou pelo menos conhece amigos que estão sempre em um relacionamento iô-iô, ou seja, marcado por várias separações e reconciliações. O fenômeno é comum e, em alguns casos, a sugestão de se separar parte sempre de uma mesma pessoa. Mas, afinal, o que se passa na cabeça de quem vive terminando, se arrepende e pede para voltar?
Relacionamentos “iô-iô”: por que são tão comuns?
Segurança e estabilidade em um namoro ou casamento nem sempre são facilmente conquistadas se um dos parceiros parece indeciso sobre o comprometimento. Medo, suposta necessidade de maior liberdade e dúvidas variadas são sentimentos comuns e, quando não bem compreendidos ou domados, podem dar início ao vai-e-vem nas relações.
A pessoa que repete, em vários relacionamentos, uma espécie de padrão de querer sempre se separar pode estar sentindo uma crescente necessidade de ficar solteira, acreditando que a relação estável sufoca e que seria mais feliz tendo pequenos e simples casos românticos descompromissados.
Ao se decidir pela solteirice, pula de festa em festa, aproveita ao máximo a “pegação” até que, surpresa, começa a perceber que nem sempre é tão fácil assim conhecer e ficar com outras pessoas legais.
Depois de algumas conquistas e várias rejeições, o novo solteiro passa a se sentir cada vez mais sozinho e carente, precisando de um ombro para desabafar e alguém para se apaixonar e despertar sentimentos mais relevantes. Para poupar tempo, optam pela cômoda decisão de pedir para voltar com o ex.
Uma vez aceito de volta, o início do relacionamento que foi reatado parece mágico e perfeito. Mas pouco tempo depois, com o fim da lua de mel, a pessoa começa a se lembrar por que quis se separar pela primeira vez e volta a se questionar se fez a escolha certa.
Novamente incomodada com a relação, passa a encontrar diversos defeitos na vida a dois, fica focada nas falhas do parceiro, ressalta incompatibilidades e, se vendo incapaz de solucionar os problemas, pede novamente para se separar e terminar o relacionamento.
Apesar de aparentemente exaustivo, o comportamento pode ser levado durante anos por diversas pessoas. E como uma relação só existe quando duas pessoas se mostram disposta, não é apenas a indecisa que pode ser considerada a grande “culpada” pelo iô-iô amoroso.
Se o outro sempre aceita a ex de volta, sem muitos questionamentos ou propostas de diálogo, ela começa a se sentir segura demais e entende que nunca será rejeitada, mantendo em aberta eternamente a possibilidade de ir e vir a qualquer momento, fato capaz de comprometer a felicidade de ambos.
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