O nome de Marlene Engelhorn ganhou destaque na imprensa internacional recentemente. Estudante de literatura e herdeira dos fundadores da maior empresa química do mundo, a BASF (Badische Anilin-und Soda-Fabrik), a austríaca afirmou que rejeitará 90% do montante que seria passado para ela quando sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, morrer.
Traudl ocupa a 687ª posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo, de acordo com a revista Forbes. Em 2021, a empresa registrou uma receita de cerca de R$ 22 bilhões. Entenda mais!
Austríaca rejeita 90% da sua herança
Aos 30 anos de idade, Marlene tem se posicionado a favor da igualdade de taxas e impostos entre trabalhadores comuns e pessoas muito ricas, assim como é a principal meta das duas organizações das quais faz parte, “Milionários Pela Humanidade” e “Taxmenow”, criada por ela.
Segundo Marlene, não é justo ficar com a quantia por completo se ela não trabalhou para conquistá-la. “Foi pura sorte na loteria do nascimento. Uma coincidência (…) É inacreditável que eu não esteja sendo taxada”, disse em entrevista ao canal alemão “Orf 2”.
Ela reconhece o seu privilégio, e, justamente por acreditar que o dinheiro é a razão principal para a miséria no mundo, decidiu abraçar a causa da forma que pode: não acumulando tudo para si mesma, apesar de não saber ainda qual o destino da fortuna gerada por mais de 150 anos na empresa da família.
“Quando o anúncio foi feito, eu percebi que não poderia ser realmente feliz. Pensei comigo mesma: ‘Algo está errado'”, disse a estudante ao jornal alemão Der Standard. Na mesma entrevista, concluiu que a avó deu “liberdade” para que ela fizesse o que quiser com o que receberá.