Bia Ferreira é filha de boxeador famoso e foi sua melhor aluna: ele criou academia adaptada para ela aos 4 anos

por | ago 2, 2024 | Comportamento

A história de Bia Ferreira começou na garagem de casa – e, em 2021, ela se tornou a segunda boxeadora brasileira a chegar em um pódio olímpico

Prata em Tóquio e considerada a maior boxeadora do Brasil, Bia Ferreira tem uma história com a modalidade que começou ainda na infância. Filha de boxeador, ela aprendeu os primeiros golpes aos quatro anos – e empolgado com o talento da filha, ele fez de tudo para que ela pegasse cada vez mais gosto por ele.

História de Bia Ferreira no boxe

Bia foi prata nas Olimpíadas de Tóquio Beatriz foi a segunda boxeadora a chegar a um pódio olímpico (Crédito: Alexandre Loureiro/COB)
Bia foi prata nas Olimpíadas de Tóquio (Crédito: Alexandre Loureiro/COB)

Bia Ferreira, boxeadora brasileira que foi destaque tanto nos Jogos Olímpicos de Tóquio (2021) quanto nos de Paris (2024), começou a lutar com quatro anos de idade. Isso porque ela é filha de Raimundo Ferreira, mais conhecido como Sergipe, um dos destaques do pugilismo nacional entre os anos 90 e 2000.

O pai de Bia começou no boxe usando a academia improvisada que um vizinho construiu no quintal – e, posteriormente, fez o mesmo com a própria garagem. Ao site “Olympics”, Beatriz afirmou que ficava curiosa com o barulho que vinha de lá, e logo pediu que o pai a ensinasse. Empolgado com o interesse dela, ele adaptou tudo.

Beatriz Ferreira foi aluna do próprio pai (Crédito: Alexandre Loureiro/COB)

Além de ter construído de forma improvisada equipamentos próprios para o tamanho da filha, ele também encomendou luvas menores. O que começou como um passatempo logo passou a ser levado a sério por Bia que, treinada pelo pai, começou a se dedicar com cada vez mais afinco. Ele, inclusive, sempre foi sua inspiração.

“Para mim, ele era invencível. […] Tenho ele como grande referência. Sempre que estou passando perrengues, vejo que não estou passando perrengue nenhum perto do que ele passou”, disse a pugilista.

Beatriz também é sargento

Outra curiosidade da história de Beatriz Ferreira é que, além de boxeadora, ela também é sargento. Isso porque seu ingresso no esporte também se deu pelo Programa Olímpico da Marinha (PROLIM), onde se tornou a Terceiro-Sargento Beatriz Iasmin Soares Ferreira.

História de Bia Ferreira
Bia também é sargento da marinha (Crédito: Reprodução/Instagram @beatrizferreira60kg)

Atleta nem sempre foi lutadora ou teve ambição de ser

Apesar da paixão por boxe, Bia nem sempre quis ser uma atleta de alto rendimento que se guia pelo sonho olímpico. Assim como o pai, ela chegou inclusive a ser professora da modalidade ainda na adolescência, com 15 anos. A decisão de trilhar carreira de atleta veio somente aos 23 anos, quando ela percebeu que era o boxe o que ela mais amava.

“Sabia que ‘estava tarde’, mas falei: ‘Vou aproveitar todas as oportunidades que vierem’. Tardei, mas não falhei”, declarou a lutadora, cujo talento não demorou a dar frutos. Bia competiu em torneios menores e, em 2016, foi convidada para o projeto Vivência Olímpica, onde pôde conviver com atletas de peso.

História de Bia Ferreira
Beatriz Ferreira (Crédito: MOHD RASFAN/AFP via Getty Images)

Já no ambiente olímpico, aquilo virou uma ambição. Beatriz voltou com mais motivação aos treinos e apenas um ano depois, foi convocada para a seleção brasileira. Antes das Olimpíadas de Tóquio, ela virou medalhista em várias competições importantes, se tornando inclusive campeã mundial.

Posteriormente, no Japão, mais uma conquista: se tornou a segunda mulher do boxe a alcançar o pódio em uma Olimpíada, com a prata.

História de Bia Ferreira
Bia Ferreira, do boxe (Crédito: Reprodução/Instagram @beatrizferreira60kg)

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