Casais que não se desgrudam, que fazem todos os passeios juntos e sequer pensam na possibilidade de realizar programas separados ou manter certa distância são considerados os eternos apaixonados. Mas a verdade pode ser bem diferente e até mesmo oposta da ideia romântica de “alma gêmea”.
No início do namoro é normal a necessidade e a vontade de permanecer lado a lado o tempo todo, mas com o amadurecimento do relacionamento talvez não seja muito conveniente a manutenção de um contato sempre tão estreito.
Falta de privacidade pode acabar com o casamento
De acordo com a psicóloga Terri Orbuch, que liderou uma pesquisa sobre os primeiros anos do casamento com o acompanhamento de 373 casais desde 1990, a privacidade em um relacionamento é muito mais importante para a felicidade do que ter uma boa vida sexual.
Dos casais analisados no estudo, 46% já se divorciaram e 29% disseram que o motivo da separação foi a falta de privacidade e/ou tempo para si mesmos enquanto estavam na relação. Além disso, dos casais que disseram que eram infelizes, 11,5% afirmaram que a falta de espaço era a razão da tristeza, enquanto apenas 6% culparam a vida sexual.
A razão pela qual o espaço é tão importante para um relacionamento é que, quando cada um possui interesses e amigos próprios, além de tempo para si mesmos, maiores são as chances de se sentir mais feliz e menos entediado.
Passar um tempo sozinho também permite que os pensamentos sejam processados de forma mais plena, sem ruídos, realizando assim uma avaliação da própria vida e do casamento em si. Isso sem falar na possibilidade de criar mais passatempos, hobbies e tempo para relaxar sem ter responsabilidades com outras pessoas.
É comum pensar que o ideal é querer passar cada segundo da vida com a pessoa amada, mas o que inicialmente pode parecer um gesto de carinho, paixão e atenção, com o passar dos tempos pode se tornar o motivo pelo qual o relacionamento se desgasta e até chega ao fim.
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