Você com certeza, se não proferiu, já ouviu frases como “ele é tão lindinho que dá vontade de apertar” ou “vou morrer de tanta fofura” ditas aos bebês ou filhotes de animais fofinhos. A expressão ficou conhecida como “sentimento de Felícia”, em referência a personagem do desenho animado Tiny Toon, que, por gostar tanto de bichinhos, os apertava até que seus olhinhos esbugalhassem. A notícia curiosa é que agora este sentimento está sendo estudado e recebeu o nome, em inglês, de “cute agression”, ou carinho agressivo, em tradução livre.
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Os estudos foram conduzidos por duas pesquisadoras norte-americanas da Universidade de Yale, Estados Unidos, e o resultado publicado na revista Psycological Science, em 2012.
Com a tentativa de provar que nosso organismo busca constantemente o equilíbrio e a regulação das emoções, as cientistas comprovaram que é normal que, ao sentir uma sensação de euforia ou fofura muita intensa, o cérebro imediatamente estimule sentimentos agressivos, como morder ou apertar.
Funciona basicamente assim: se você vê um cachorrinho muito fofo, que se mostra ser indefeso e precisar de cuidados e é muito bonitinho, a primeira sensação que vem é positiva, de euforia. Depois, para combater e neutralizar essa “felicidade intensa”, o cérebro age e libera sensações contrárias e, portanto, negativas. É claro que o tempo que essa ação leva é mínimo e imperceptível e, por isso, na prática, pode parecer tudo a mesma coisa.
De acordo com as pesquisadoras, esse quadro é semelhante ao de quando as pessoas dão risada de raiva em uma situação extrema ou choram em momentos felizes e emocionantes.
O estudo foi realizado com mais de 100 pessoas que responderam perguntas e, ao verem fotos de animais e bebês, tiveram suas reações analisadas. A constatação é de que o “sentimento de felícia” surge mais com bebês, principalmente com aqueles que têm aspectos engraçadinhos ou infantilizados.