Poucos sabem, mas mãe de Tatá Werneck já escreveu 14 livros e faz trabalho incrível no RJ

Ativista pela inclusão de pessoas, a jornalista Claudia Werneck tem seu nome ligado a uma causa muito inspiradora: dar apoio e visibilidade a crianças e jovens por meio da comunicação acessível, especialmente àquelas que são pobres, através da ONG que criou, a Escola de Gente, no Rio de Janeiro.

O nome dela, claro, também é associado à sua filha, a atriz Tatá Werneck que, compartilha nas redes sociais homenagens e vídeos engraçados de Claudia. Quem é seguidor da famosa, aliás, sabe bem o quanto ela se orgulha da atuação da mãe nesta área.

O trabalho incrível de Claudia reforça ações inclusivas para quem não é integrado em experiências comuns do cotidiano, como ir ao teatro e ler histórias em um livro. Porta-voz reconhecida internacionalmente pela inclusão dessas pessoas, com e sem deficiências, a jornalista já escreveu 14 livros sobre o assunto, fez mais de mil palestras pelo mundo e continua atuando ativamente na ONG.

Trabalho de Claudia Werneck

A jornalista Claudia Werneck é uma ativista e especialista em inclusão que se envolveu com a causa por meio do trabalho.

Ela atuava como chefe de reportagem na revista Pais e Filhos quando precisou fazer uma matéria sobre uma mãe e seu filho com Síndrome de Down, no início da década de 90. Do tema, com pouca literatura à época no Brasil, ela escreveu seu primeiro livro para leigos entenderem a Síndrome, “Muito prazer, eu existo”.

Existir, aliás, é o preceito fundamental para que uma pessoa tenha seus direitos garantidos. E é a partir dessa premissa que Claudia desenvolveu sua trajetória e criou a Escola de Gente, em 2002, para que as pessoas, especialmente os jovens, não discriminem ninguém por conta de diferenças e desigualdades.

Tanto empenho nas áreas de Comunicação pela Inclusão e Acessibilidade para a Sustentabilidade lhe rendeu, segundo a entidade, aproximadamente 60 premiações nacionais e internacionais, e a tornou, em 2000, a primeira autora brasileira a ter suas obras recomendadas simultaneamente pela Unesco e pela Unicef.

Ações da Escola de Gente

“Nossa principal estratégia de ação é a comunicação acessível e inclusiva. Os direitos, nosso território”, destaca o coordenador da Escola, Pedro Prata. “Por isso, trabalhamos para que as políticas públicas se tornem inclusivas, que garantam os direitos fundamentais de todas as pessoas, com e sem deficiência, desde a infância”, pondera.

“Não escolhemos com quais deficiências iremos atuar, porque entendemos que a inclusão é uma proposta de liberdade alinhada com a manifestação da espécie humana sobre o planeta. Assim, se a pessoa existe, as políticas, os orçamentos e a comunicação devem dar conta delas, de todas as suas necessidades específicas”.

As ações da Escola de Gente dizem muito sobre como Claudia propõe a transformação e inclusão de pessoas atingidas pelos programas e projetos da ONG.

Por lá, são propostas ações itinerantes e totalmente gratuitas de teatro e leitura acessíveis, participação em conselhos, cursos de formação de Agentes da Inclusão e Agentes de Promoção da Acessibilidade em favelas e comunidades, advocacy [participação em defesa de uma causa, podendo aplicar pressão em agentes públicos e tomadores de opinião], qualificação da mídia, entre tantas outras.

Em uma recente ação, em fevereiro de 2018, Claudia Werneck lançou a campanha “Talk It Easy” (em português, Fale Fácil) na sede da ONU em Viena, Áustria. A jornalista falou sobre “Informação e linguagem simples”, o que também garante a comunicação de pessoas com deficiência intelectual e dificuldades de aprendizagem.

Teatro inclusivo: ideia de Tata com grupo

O projeto de mais destaque da Escola é o teatro acessível, com o grupo “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade”, criado por Tatá Werneck, em 2003.

No programa, as peças são apresentadas com recursos de acessibilidade completos, de um jeito leve e provocativo a respeito da inclusão.

Por ser a pioneira neste tipo de teatro no mundo, a Escola até recebeu a Ordem do Mérito Cultural e o Prêmio Direitos Humanos da presidência da República, em 2011. Este é, aliás, um dos 50 reconhecimentos e premiações nacionais e internacionais que a ONG já recebeu.

Como e quem pode fazer parte da Escola de Gente

De acordo com Pedro, todas as ações propostas pela Escola são voltadas para pessoas com e sem deficiência e feitas de maneira itinerante. As atividades da ONG, aparições de Claudia e da equipe e outras informações podem ser acompanhadas pelo página do Facebook da Escola de Gente.

Atitudes inclusivas para conhecer