Primeiros socorros no trânsito: saiba como agir em caso de acidentes

Primeiros Socorros são procedimentos de salvamento realizados em vítimas de acidentes antes da chegada do atendimento médico. Quem presta os primeiros socorros, no entanto, deve estar consciente de suas próprias limitações e não tentar substituir o médico ou um profissional especializado.

Atendimento às vítimas

Seja qual for a gravidade de uma colisão no trânsito, a primeira iniciativa é discar 193 e acionar uma unidade do Corpo de Bombeiros. Caso haja, não se esqueça de mencionar a presença de feridos no local. Assim, a equipe virá acompanhada por paramédicos.

Enquanto o resgate não chega, é possível ajudar a acalmar e até a salvar o ferido. Saiba, passo a passo, o que deve ser feito nessa hora.

Diante de um acidente nas estradas ou nas ruas, sempre aparece um “anjo da guarda” disposto a nos ajudar. O instinto de solidariedade, porém, precisa vir acompanhado de uma dose de prudência, bom senso e de conhecimento básico sobre primeiros socorros. Do contrário, o candidato a herói pode agravar a situação da vítima e até se tornar uma delas. Segundo especialistas, é grande o número de pessoas que, ao prestar socorro, acabam feridas.

Princípios básicos de um socorrista:

1) Não seja o herói: agir por impulso e colocar a própria vida em risco podem agravar a situação do acidente e aumentar o número de vítimas.

2) Ligue para 193: só o Corpo de Bombeiros tem os equipamentos necessários para socorrer os envolvidos em acidentes automobilísticos, que podem estar presos nas ferragens, por exemplo.

3) Avalie a segurança em torno do local: isole a área e certifique-se de que não há focos de incêndio ou vazamento de combustível. Evite mexer nos escombros sem luvas de borracha e tenha sempre por perto um extintor.

4) Mantenha a calma e o comando: mais do que coragem, virtudes como autocontrole e liderança são essenciais em situações de emergência. Assim, é possível afastar a multidão de curiosos, conter os desesperados e delegar funções, tornando o atendimento mais eficaz.

5)  Afaste qualquer preconceito: todos merecem atenção, independentemente de cor, raça e sexo. Em caso de acidente com inúmeras vítimas, dê preferência àquelas com prejuízos cardíacos e respiratórios.

Socorro, o que eu faço?

Seja qual for a gravidade de uma colisão no trânsito, a primeira iniciativa é discar 193 e acionar uma unidade do Corpo de Bombeiros. Não se esqueça de mencionar a presença de feridos no local.  Assim, a equipe virá acompanhada por paramédicos.

O passo seguinte é afastar os curiosos e observar as condições de segurança da área.  Além disso, deve-se mexer o mínimo possível na vítima. Um movimento brusco pode acarretar futuros erros, na previstos anteriormente.

Emergências com produtos perigosos

Em primeiro lugar é necessário manter a calma e compreender que no local do sinistro o condutor pouco pode fazer, apenas equipes de resgate especializadas possuem os equipamentos e itens de segurança corretas para o atendimento do sinistro. Mas, afinal, qual providência tomar em casos de acidentes deste tipo?

Definição: os produtos perigosos podem ser prejudiciais à saúde e causar dano à sociedade e ao meio ambiente se manuseada de forma imprópria. Os produtos perigosos sempre devem conter um rótulo de risco e suas cargas.

Os acidentes mais comuns nos trânsito com produtos perigosos acontecem com gasolina, álcool e o óleo diesel.

Atendimento a emergência com produtos perigosos no trânsito

 – Avaliar a cena;
– Em caso de incêndio, nunca se aproximar sem roupas apropriadas
 – Manter a calma até a chegada dos especialistas no assunto

Classificação Produtos Perigosos

O transporte de produtos perigosos possui regulamentação estabelecida em legislação e critérios técnicos obedecendo às diretrizes da ONU (Organização das Nações Unidas). Seguindo os critérios técnicos internacionais, os produtos perigosos foram subdivididos em cinco classes de risco, que definem o tipo e a intensidade do risco que o produto representa.

1 – Explosivos
2 – Gases
3 – Líquidos Inflamáveis
4 – Sólidos Inflamáveis
5 – Substâncias oxidantes e Peróxidos orgânicos

O que é a Ficha de Emergência? 

Alguns documentos são imprescindíveis para transportar produtos perigosos pelas rodovias do Brasil afora. A mais importante delas é a Ficha de Emergência.

Esta ficha deve conter informações pertinentes ao tipo de produto transportado e atitudes que devem ser tomadas em casos de acidentes ou vazamentos. Deverá haver uma Ficha de Emergência para cada produto transportado. Geralmente, a Ficha é emitida pelo expedidor do produto, devendo conter nome e telefone do expedidor para os casos de emergências.

Como sinalizar o local do acidente

Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo o fluxo normal das vias. Por isso, esteja certo de que, em situações de perigo, poderão ocorrer novos acidentes com os já acidentados e/ou com o socorrista.

Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar.

Que materiais podem ser utilizados na sinalização?

 Existem muitos materiais que podem ser usados especialmente para sinalização, mas, na hora do acidente, você provavelmente terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos itens obrigatórios de todos os veículos.

Use o seu triângulo e os dos motoristas que estiverem no local. Não se preocupe, pois com a chegada das viaturas de socorro os triângulos poderão ser substituídos por equipamentos mais adequados e devolvidos a seus donos. Outros itens que forem encontrados nas imediações também podem ser usados, como galhos de árvore, cavaletes de obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecido, plásticos, entre outros. À noite ou sob neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos. Lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.

Ao serem colocadas pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:

 – Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno
 – As pessoas devem ficar na lateral da pista, sempre de frente para o fluxo dos veículos
 – Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas
 – Prestar muita atenção e estar sempre preparadas para o caso de surgir algum veículo desgovernado
 – As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso. Elas devem ser vistas, de longe, pelos motoristas

Cinto de segurança: menos feridos

Além de estar atenta sobre como agir em caso de acidentes, é fundamental também saber que o uso do cinto de segurança pode salvar vidas. Ele pode fazer toda a diferença em caso de acidentes.

De acordo com o artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro, o cinto de segurança é de uso obrigatório para condutores e passageiros em todo o território nacional. Em caso de acidente, sua utilização impede a projeção do corpo contra o volante, painel, parabrisas e para o exterior do carro. Para isso, os dispositivos devem estar em bom estado de conservação, sendo necessária, portanto, uma inspeção rotineira:

– Checar ser não há dobras, que podem influenciar na elasticidade do cinto, ou cortes
– Checar se funcionam bem os cintos para os passageiros da parte traseira do veículo
– Testar se os dispositivos estão em condições normais de travamento

O uso correto do cinto é necessário para que ele cumpra o seu papel

– Ajuste ao corpo sem deixar folgas
– A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, principalmente se a ocupante do veículo for gestante
– A faixa transversal deve ficar sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o pescoço
– Nunca use prendedores no cinto, porque eles anulam a função do dispositivo
– O cinto de segurança é individual, portanto não transporte crianças no colo utilizando o mesmo dispositivo. Para elas, existem as cadeirinhas de segurança

Ao socorrer uma vítima de acidente que usava o cinto de segurança, verifique se ele está dificultando a respiração da pessoa. Caso esteja, e apenas nesse caso, solte o cinto de segurança sem movimentar o corpo da vítima.

* Fonte: especialista em Direção Defensiva e instrutor de auto escola Leonardo Carneiro de Brasília (DF). Também foram utilizadas informações do Corpo de Bombeiros (193), da ONU (Organização das Nações Unidas), do Código de Trânsito Brasileiro e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos).