O que antes era considerado tabu, agora se apresenta como uma alternativa concreta para casais que buscam por novidades
A ideia de ter um relacionamento aberto vem ganhando espaço nas discussões sobre dinâmicas afetivas contemporâneas. Os números não mentem: as buscas sobre o termo cresceram 70% no Google apenas no último ano.
Para muitos, a ideia de abrir o relacionamento surge não como escape, mas como possibilidade de expansão afetiva e sexual para além dos moldes convencionais. No entanto, é um movimento que exige muito diálogo e alinhamento de expectativas.
O que é um relacionamento aberto?

O relacionamento aberto é um arranjo afetivo no qual os parceiros concordam mutuamente em não seguir o modelo monogâmico tradicional. Isso significa que ambos têm liberdade para se relacionar com outras pessoas, seja de forma emocional, sexual ou ambas – dependendo do combinado -, sem que isso comprometa o vínculo principal.
Diferente do poliamor, no qual se estabelecem múltiplos relacionamentos simultâneos de caráter sério, os relacionamentos abertos são associados a pessoas que têm um parceiro principal, mas podem ter outros relacionamentos mais casuais.
Como funciona um relacionamento aberto?

Ambos devem avaliar e desejar a decisão de abrir a relação. Isso porque é comum que um dos lado ceda apenas para não perder o parceiro, sentimento normalmente ligado a uma dependência emocional – sendo a receita certa para o fracasso do relacionamento.
Junto ao diálogo, que deve ser transparente a respeito dos sentimentos, inseguranças e expectativas, é essencial que haja uma definição clara de fronteiras.
Cada casal deve estabelecer o que considera aceitável, desde a natureza do envolvimento com terceiros até com que frequência esses encontros podem ocorrer.

Quanto às experiências externas ao relacionamento principal, é recomendável decidir o nível de informação compartilhada entre o casal: alguns preferem total transparência sobre os acontecimentos, enquanto outros optam por manter certo grau de privacidade.
A proteção à saúde, por sua vez, não deve ser negociável. O uso consistente de métodos preventivos e exames periódicos é uma determinação importante em relações não-monogâmicas.
Por fim, à medida que o relacionamento se transforma, uma reavaliação dos acordos iniciais pode ser necessária. Certas regras podem perder o sentido com o tempo, demandando ajustes conforme a dinâmica do casal evolui e novas situações surgem.
