Cachorros e gatos sabem nadar naturalmente e podem escapar de afogamentos com muito mais eficácia que os humanos, mesmo que nunca tenham entrado em contato com água antes. Mesmo assim, eles não são infalíveis e acidentes acontecem! Em alguns casos, principalmente filhotes curiosos podem cair inadvertidamente na água. A aspiração de água pode causar sérios danos aos pulmões e outros órgãos fundamentais, colocando a vida em risco.
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As principais causas e fatores de risco do afogamento entre animais são por negligência dos proprietários em relação a condições inadequadas de segurança. Não colocar redes de proteção em piscinas, deixar baldes e bacias com água, principalmente de filhotes podem ser considerados como potenciais riscos.
Animais podem estar próximos à água no momento de crises convulsivas, terem problemas metabólicos como a diabetes ou mesmo sofrerem acidentes na água (como uma pancada brusca na cabeça), levando à inconsciência e consequente afogamento.
O problema do afogamento é que, quando não mata, deixa sequela: infecções do pulmão devido a aspiração de água podem levar à morte de um animal que sofreu algum tipo de submersão acidental na água. Os sintomas podem ser observados em até 24 horas após a ocorrência do acidente.
De acordo com Silverstein et al., cerca de metade dos animais envolvidos em afogamentos tem menos de 4 meses de vida. Filhotes curiosos podem aproximar de locais com água, não só perto de rios ou mar, mas também frequentemente ocorrem em casa, seja em piscinas, bacias, baldes e banheiras onde animais podem cair de forma acidental ao tentarem beber água, por exemplo.
Primeiros socorros nos casos de afogamento de um pet
Saber o que fazer nessas horas é fundamental, pois, em casos de afogamento, cada minuto conta!
Ao cair na água, normalmente os animais tendem a não respirar para evitar a aspiração de água. Isso é chamado de “reflexo do mergulho”. Se o socorro for feito a tempo, as chances de maiores complicações irão diminuir.
- Retire o animal da água: certifique-se de que tem algum local firme e seguro. Deite o animal sempre de lado e tente manter a cabeça dele sempre mais baixa que o resto do corpo.
- se observar a falta da respiração, você pode tentar a respiração boca a focinho.
- Feche a boca do animal segurando o focinho firmemente.
- Eleve a boca do cão ou gato e encoste a sua boca no focinho dele e sopre dentro das narinas até observar que o peito do animal se eleva
- Deite a cabeça do pet e pressione o peito delicadamente pra que o ar saia.
Esse procedimento pode ser repetido em até 10 vezes por minuto e ser fundamental entre a vida e a morte quando se trata de um afogamento. Certifique-se de que o animal, principalmente se for um filhote ou tenha pequeno porte, está aquecido até que o atendimento veterinário seja providenciado. Procure ajuda veterinária imediatamente. Mesmo que o animal esteja consciente e pareça bem após um “quase afogamento”, é muito importante que seja realizado um exame geral e o paciente seja monitorado por no mínimo 24 horas.
Quando ocorre a aspiração da água, mesmo em pequenas quantidades, o animal pode apresentar vômitos ou regurgitação da água ingerida
Deve ser feito um acompanhamento e monitoramento até a estabilização do quadro por um veterinário, que pode exigir um internamento em uma clínica ou hospital veterinário por no mínimo 24 horas após o acidente.
Matéria revisada por um profissional veterinário da Equipe AgendaPet.