Vinhos em quadrinhos > Quadrinhos japoneses

por | jun 30, 2016 | Comportamento

Quando os quadrinhos de Joe Satake apareceram no Japão, o Calera Pinot Noir já estava listado com um dos grandes vinhos da América. Na época que Josh Jensen viajou ao Japão para conduzir degustações de seu Pinot Noir em Tóquio e Osaka, fãs do seu Calera enfrentaram filas para que ele autografasse os rótulos de garrafas vazias do seu vinho. Joe Satake funcionou e continua funcionando.

Veja o Joe Satake aqui, na capa da Sommelier, sempre ao lado de uma garota bonita e sempre segurando uma taça de vinho.

Mangá. É a palavra japonesa para história em quadrinhos. Quanto aos estilos, ele mistura os do oriente e também do ocidente. Tem origem na China, mas foi no Japão que fixou residência. Tomou o seu formato atual logo após a II Guerra. Não é preciso dizer que tem imensa aceitação no Japão, onde explora uma grande variedade de temas, satisfazendo leitores de todas as idades, classes e sexo. As histórias em quadrinho japonesas formam uma indústria que fatura muito mais do que o seu equivalente norte-americano. Vendem milhares de cópias semanalmente e são respeitadas tanto como uma forma de arte quanto como uma forma de literatura popular. Saiba mais sobre o mangá aqui.

Um deles era o superstar e caríssimo Romanée-Conti, o orgulho da Borgonha, o mais famoso de todos os vinhos feitos com a Pinot Noir – coisa para colecionadores sabidos e abastados

O Sommelier Satake. O nosso Joe Satake começou a aparecer numa série de mangá chamada Sommelier. Ele é a estrela, um brilhante degustador de vinhos, com um conhecimento enciclopédico dos vinhos de cada região, tanto as obscuras quanto aqueles Grands Crus. Entre as degustações de vinho, Joe ainda resolve crimes complicados e sempre fica com a mocinha (a garota mais bonita do pedaço, naturalmente).

Nessa edição da Sommelier, em parte referida na abertura da coluna, quando Joe Satake ganha o concurso de degustação, ele relembra uma outra prova onde teve de degustar dois vinhos às cegas (ou seja: você desconhece a marca do vinho).

Um deles era o superstar e caríssimo Romanée-Conti, o orgulho da Borgonha, o mais famoso de todos os vinhos feitos com a Pinot Noir – coisa para colecionadores sabidos e abastados (como o Boni, o famoso superexecutivo da Rede Globo). O outro era um vinho da Califórnia, o Calera Pinot Noir, dos vinhedos Jensen.

Um sommelier rival, pra lá de invejoso e cheio de truques, tenta enganar Satake descrevendo os vinhos de modo a concluir que o melhor deles era o Romannée-Conti.
Mas, no último minuto, Satake percebe que só podia haver um vinho similar ao DRC, o Calera, que o nosso herói aponta como o vencedor. Não só ele manteve o seu prestígio como derrotou o seu rival e evitou uma senhora injustiça. E ainda ficou com uma garota de sonhos que estava acompanhando o concurso (não estranhe, essa é uma história em quadrinhos). É dessa maneira que o vinho californiano vai sendo anunciado.