Em seu livro, “Vivendo Como um Guerreiro”, Whindersson Nunes fez uma revelação que pegou todos de surpresa. Conforme relatado na obra, o humorista deixou claro que usa drogas já há muitos anos – e, em meio à revelação, citou a forma como tanto Luísa Sonza quanto Maria Lina Deggan, suas duas ex-namoradas, o ajudaram em uma jornada repleta de vícios e problemas relacionados à saúde mental.
Whindersson revela uso de drogas em duro desabafo
Muito aberto sobre suas vivências difíceis e questões como depressão, Whindersson Nunes surpreendeu a todos ao falar sobre o uso de drogas. Sem especificar a época em que isso começou, o humorista revelou em seu livro “Vivendo Como um Guerreiro”que estava sob influência de substâncias ilícitas quando conheceu a ex-esposa, Luísa Sonza, em 2017 – e, em um desabafo, ele falou sobre a dureza de conviver com este problema.
“Houve um período muito duro da minha vida em que eu não conseguia ficar sem as drogas. Teve um mês, quando o relacionamento com a Luísa terminou, que eu fiquei sem chão. […] Eu a conheci em 2017. No dia em que encontrei a Luísa, eu estava virado de droga, não estava bem, estava em busca do que eu não sabia. Eu vinha de outro término […]. Quando a vi pela primeira vez, a vi no efeito da droga. Eu a vi meio que brilhando. Foi o começo de uma viagem”, disse ele.
Afirmando ter assumido um papel de “professor” no relacionamento com Luísa por ver nela um futuro brilhante e querer ser para a então namorada o que ele não teve ao longo da carreira, Whindersson falou de forma respeitosa sobre o relacionamento dos dois. Apesar de o término ter sido marcado por uma série de boatos, farpas e acusações, ele demonstrou que, mesmo hoje, tem muito carinho pela cantora.
“Minha viagem com a Luísa durou 4 anos. Ela me ajudou com a minha autoestima. Eu não me achava um homem interessante, um cara bonito. Isso pode não parecer muita coisa, mas para um alguém como eu, que algumas pessoas dizem que as mulheres estão comigo porque eu sou famoso e tenho dinheiro… O olhar dela fazia com que eu acreditasse que, de fato, eu era interessante, eu era legal. Nisso, ela foi minha professora. E eu sou grato. Até hoje eu tenho uma confiança que ela fez brotar em mim”, desabafou.
Em seguida, Whindersson falou sobre o divórcio de Luísa, bem como o fato de isso ter feito com que ele se afundasse nas drogas. “Quando acabou com a Luísa, eu também tive o meu penhasco. A minha forma de lidar com essas situações é muito minha. Eu falo com o silêncio. Eu falo com o recolhimento. E, às vezes, falo errado. Reconheço que errei. Que as drogas foram me destruindo. Quando acabou com a Luísa, era o comecinho da pandemia. Estar sozinho, não sair de casa, me levou a uma viagem que não é uma boa viagem. Sem saber o que fazer, na minha cabeça, para terminar a viagem, tive que terminar do jeito que comecei. E, dessa vez, foi muito pior”, disse.
Ainda detalhando o vício, ele fez um desabafo forte. “Não havia mais intervalo entre as drogas. Eu acordava e desacordava para a vida. Eram drogas e mais drogas tentando estancar sei lá o quê. Um mês. Um mês e eu tenho a certeza de que não foi a Luísa a culpada. E não foi por ela que eu me lancei nesse abismo. Foi por mim. Foi por um buraco dentro de mim. Foi pela ausência das certezas da minha vida”, disse ele.
Conforme relatou, muito disso teve relação com a depressão, sobre a qual ele já falou abertamente algumas vezes. “Eu sei que não sou o único. Sei o quanto faz sofrer esse vazio que parece interminável. A depressão tem tratamento. Eu sei disso. É que há momentos em que nos esquecemos disso. […] Você acorda e não acorda. Você dome e não dorme. Dias e noites vão se sucedendo. E nada acontece. Vazio. Vazio. E os meus vazios de infância, tudo o que me faltou, de repente, voltava. Você não ter nada. E depois ter tudo. Ou achar que tem tudo. Ou achar que pode tudo. E, ao mesmo tempo, achar que não pode nada”, escreveu.
Afirmando ter usado LSD e ecstasy “em doses cavalares”, Whindersson detalhou o momento difícil que viveu longe dos olhos do público. “Eu sofria tanto e achava que merecia. E o foco da minha vida virou nada, nas noites que não amanheciam. A sensação, às vezes, era de um descolar da alma do corpo. E o nada me fazia companhia”, disse ele, declarando que as drogas amplificaram seus medos. “Medo das violências, das invasões da minha vida. E o pânico. Meu Deus?! Não desejo isso para ninguém. Meu cérebro derretendo. Minhas noites indormidas, virando de m lado para outro. Acusando o chão de não me caber”, disse.
Segundo Whindersson, devido às dificuldades de lidar com as drogas, ele chegou a cogitar buscar ajuda profissional. “Eu, às vezes, pensava que eu devia me internar. E meus amigos diziam que isso seria um prato cheio para a mídia. E também não queria que isso fosse um prato cheio para que as pessoas culpassem a Luísa. Não. Definitivamente, a culpa não foi da Luísa”, declarou, citando que a chegada de Maria Lina, com quem viveu um breve relacionamento e teve um filho que faleceu, mudou tudo.
“Não digo que alguém surge na nossa vida para resolver a nossa vida. Mas sou grato à Maria. Foi nessa viagem sem fim que conheci Maria. As minhas bagunças precisavam ser arrumadas. Eu fiquei envergonhado de estar naquela situação. E fui me arrumando. Eu me lembro que uma vez, na minha casa, vi uma mesa com pilhas e pilhas de cerveja, de uísque, de cachaça. A bebida também é droga! Eu resolvi deixar o chão em que eu estava e me levantar. É só usar o chão para caminhar por outros caminhos. Resolvi me arrumar, lavar os cabelos, limpar a casa e a alma para que ela pudesse voltar. E ela voltou. E ficou lindamente, em mim, por um bom tempo. Ela também fará sempre parte da minha vida”, concluiu.