A jornalista Marília Gabriela, de 76 anos, se abriu sobre a vida íntima sem filtros e afirmou que, atualmente, acha o pós-sexo “desconfortável”
Entrevistada no “Admiráveis Conselheiras”, Marília Gabriela deu detalhes sobre a vida sexual na terceira idade. Aos 76 anos, ela afirmou conviver bem com a solidão que construiu devido à carreira – e surpreendeu ao falar abertamente da sexualidade após decidir não fazer mais sexo.
Marília Gabriela fala da intimidade sem filtros
Em uma conversa franca para a estreia de “Admiráveis Mulheres” (GNT), comandado por Astrid Fontenelle, Marília Gabriela se abriu sobre a própria intimidade. Com 76 anos, ela afirmou ter abdicado do sexo – mas sem se incomodar com isso. “A natureza é sábia!”, declarou ela, afirmando ter tentado ter relações sexuais pela última vez no início da pandemia de Covid-19, em 2020.
“Vou te dizer, honestamente, que tentei essa prática no começo da pandemia, em duas situações diferentes, e achei tudo muito desconfortável”, declarou, detalhando. “Ah, não, faz sujeira… Não. Eu me disse: ‘Era isso, acabou, passou’. Tive essas duas experiências achando: ‘Estou ainda a mil!’. Não. Quando você acha o pós-sexo desconfortável, acabou. Foi bom enquanto durou, agora é outra história!”, afirmou a jornalista.
Além disso, ela também relembrou a vida amorosa de forma empoderada. “Amei [muito]. Botava a cara na rua porque, assim: ‘Eu quero’. E quando eu dizia ‘eu quero’, desculpe, com licença… [Conseguiu] sempre. Era uma convicção de ‘eu quero e vai ser bom’. Claro que houve os abacaxis no meio. Mas transei o suficiente”, declarou.
Marília Gabriela e a solidão pós-aposentadoria
Aposentada desde 2016, Marília Gabriela também aproveitou para contar que, além da vida sexual, a vida social mudou um pouco. Ela afirmou que, por ter transformado a vida profissional em social, ela hoje enfrenta certa solidão – com a qual, segundo ela, lida bem salvo raras exceções.
“Eu sou muito sozinha. Meu celular não toca, não saio muito, quase nada. Fiz da minha vida profissional a minha vida pessoal. Todas aquelas entrevistas, aquelas pessoas… Tinha dias que eu entrevistava várias de uma vez, três emissoras diferentes, aquilo era meu social. Batia papo! Aí voltava para casa: ‘Vamos fazer isso?’, ‘vamos jantar aqui?’. [E eu falava] ‘Não, estou cansada’. Estava satisfeita, já tinha tido meu social”, declarou.
Segundo a jornalista, tudo mudou após a aposentadoria. “Comecei a perceber o que era a solidão, que não era só aquela noite em que eu tinha memórias do dia. E não tendo as memórias do dia, eu comecei a perceber: é isso que é ficar sozinha, ser sozinha, ter construído uma vida solitária. Algumas vezes, umas três vezes, chorei, sem pudores”, disse, frisando: “Sou responsável pela vida que tenho e convivo com ela muito bem”.