Feriado, folga, férias… É sempre bom ter tempo para relaxar e curtir a família! Quem não gosta de ficar em casa, pode aproveitar a agenda livre para conhecer novos lugares. Independente do roteiro escolhido, uma coisa é certa: a programação deve priorizar a
saúde e o bem-estar dos filhos, afinal, eles ainda são frágeis e, portanto, requerem cuidados redobrados.
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Para ajudar, confira um guia com todas as dicas para viajar com o bebê e as orientações necessárias para que mamãe e papai tenham momentos inesquecíveis, sem contratempos.
Saiba o que é necessário para viajar com o bebê
Autorização
Sair com a criança por conta própria não é recomendável. Antes, é preciso consultar o médico para que ele indique o melhor momento. “Geralmente, os passeios são liberados entre 4 e 6 semanas após a vacinação contra tuberculose (BCG)”, explica o pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Marcelo Reibscheid.
Destino
Com o aval clínico, é hora de pensar para onde ir e se a intenção é passar o dia fora ou fazer uma viagem. As possibilidades são inúmeras, mas nem todos os roteiros são adequados para o público infantil, o ideal é escolher lugares abertos e com poucas pessoas.
Confira algumas recomendações para destinos comuns entre as famílias:
Parques: Sempre antes das 10h ou depois das 16h (risco de queimaduras solares) por, no máximo, 1 hora. Deixe o bebê com roupas leves se estiver calor, ou bem agasalhado em caso de frio.
Praias: No mínimo depois de 6 meses, antes das 10h ou após as 16h por 30 minutos. Regra de ouro: hidratação é primordial.
Fazenda/Zoológico: Seguem as mesmas orientações dos parques, com a possibilidade de poder aproveitar as áreas cobertas para deixar a criança descansar.
Alimentação
Até os 6 meses o leite materno deve ser o único alimento oferecido ao filho. Portanto, não há com o que se preocupar, basta respeitar os horários das mamadas praticados em casa.
A regra também vale para os maiores, com o cuidado de preservar as papinhas e levá-las em locais refrigerados com gelos artificiais, para manter a qualidade e as propriedades nutricionais. “Faça pausas para descanso e hidratação e nunca ofereça fast-food ou comidas cuja procedência não é conhecida”, diz o pediatra.
Transporte do bebê durante a viagem
Viagem de carro
O uso de dispositivos de retenção para o transporte de crianças em veículos é obrigatório pela Resolução nº 277/2008 – conhecida por Lei da Cadeirinha – do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para cada faixa etária ou peso há necessidade de um assento
diferenciado. A Ong Criança Segura indica os equipamentos necessários:
Bebê Conforto: Desde o nascimento até 13 Kg ou conforme recomendação do fabricante (aproximadamente 1 ano de idade). Posição: Voltado para o vidro traseiro (de costas para o movimento), com inclinação sugerida de 45°. Nesta posição, a coluna cervical fica protegida de ferimentos, em caso de acidente.
Cadeira de Segurança: De 9 a 18 Kg (aproximadamente de 1 a 4 anos de idade). Posição: De frente para o movimento com cinto de 5 pontos, na vertical. Nunca coloque nada entre o bebê e a cadeira.
Assento de elevação: De 18 até 36 Kg (aproximadamente de 4 a 10 anos de idade). Posição: No banco traseiro com cinto de três pontos. É essencial adquirir apenas produtos certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Dê preferência às lojas que ofereçam auxílio na instalação.
Ônibus: “Alimente o bebê 1 hora antes do início da viagem, para diminuir as chances de enjoo. Outra dica é descer em todas as paradas para fazer a troca de fraldas, amamentar e mudar o filho de posição” assegura o especialista.
Avião: Viagens aéreas são liberadas somente depois dos 3 meses de idade. “O único cuidado é fazer com que o bebê esteja mamando ou sugando algo no momento da subida e descida do avião, para não ter problemas de pressão nos ouvidos.” Voos noturnos são preferíveis, já que nesse período a criança está dormindo. Como cuidado nunca é demais, deixar o filho com uma pulseirinha de identificação pode ser útil.
Para evitar enjoos, mantenha a criança em posição ereta e, de preferência, olhando para a frente. Se ela tem histórico de passar mal em viagens, o pediatra poderá orientar o uso de alguma medicação.
Equipamentos opcionais
Carrinho: Em geral, todos os modelos são aptos a receber recém-nascidos e bebês. É importante que ele seja ventilado, com proteção solar e material leve e lavável. “Carrinhos tipo “guarda-chuva” são usados para crianças com mais de 6 meses”, recomenda Reibscheid.
Sling: É uma faixa de pano com argolas nas pontas para carregar o bebê sem precisar usar as mãos. Pode ser utilizado independente da idade. Reibscheid adverte que os modelos conhecidos como “cangurus” não são recomendados. “Eles podem propiciar lesões no quadril e na região de períneo do bebê.”
Adaptação ao ambiente: Para o bebê não estranhar as novidades do passeio, leve alguns de seus objetos favoritos, que remetam à segurança do lar, inclusive os brinquedos preferidos dele. Vale reforçar a necessidade de respeitar os horários de sono, banho e alimentação como acontece habitualmente. Com isso, em pouco tempo ele vai se acostumar e se divertir. Aproveite para curtir esse momento especial e não se esqueça de fotografar tudo.
Lista básica para fazer a mala
Preparar a mala é uma das tarefas mais importantes e árduas. Muitas vezes há dúvidas sobre o que é realmente fundamental levar. O ideal é começar a pensar no assunto dias antes da viagem e preparar lista criteriosa com tudo o que a criança utiliza diariamente.
Ao se lembrar de algo, guarde na bagagem e tire da relação.
Para não errar, procure saber como é o clima do local a ser visitado. Se o destino for praias, é imprescindível ter fraldas de mar ou piscina. Já no campo ou na cidade, há oscilação da temperatura, logo, mesmo que esteja calor durante o dia não é exagero planejar agasalho para noites mais frescas.
“Normalmente não orientamos sair com medicações. Se a criança estiver com qualquer quadro de doença, deve ficar em casa, de repouso”, afirma Reibscheid. No entanto, como medida de prevenção, é bom conversar com o médico para que ele sugira remédios para febre, dores e enjoos.
Roupinhas
- Bodies ou pagão
- Calça
- Calcinha/Cueca
- Camisetas Shorts / Vestido
- Casaco leve
- Camisa manga longa
- Conjunto de Moleton
- Meias
- Pijama
Acessórios
- Babador
- Manta
- Paninho de boca
- Travesseiro
- Chinelo
- Sandália
- Tênis
Higiene
- Creme antiassadura
- Lencinhos umedecidos
- Hidratante
- Escova de dentes
- Pasta de dentes
- Sabonete
- Shampoo / Condicionador
- Hastes flexíveis
- Algodão
- Fraldas (nortuna e diurna)
- Trocador portátil
Emergência
- Curativo
- Antisséptico
- Termômetro digital
Brinquedos e passatempos
- Boneca/Carrinho
- A peça favorita do bebê
- Livros
Outras dicas para viajar
- Faça pesquisa sobre o local a ser visitado: serviços, alimentação, transporte, clima, atividades.
- Busque referências com quem já foi para o lugar que você quer visitar. Vale consultar os inúmeros blogs de viagens com crianças.
- Não deixe a passagem para a última hora.
- Escolha os assentos da frente, que são reservados para pessoas com crianças de colo. Geralmente, crianças de até 2 anos não pagam passagem aérea.Verifique antes de realizar a compra.
- Existem companhias aéreas que oferecem berços durante a viagem. Basta fazer a reserva com antecedência.
- Para evitar enjoos, mantenha a criança em posição ereta e, de preferência, olhando para frente.
- Em passeios para o exterior, contrate o seguro viagem. Ele vale como assistência médica.
- Ofereça opções de atividade para a criança ao longo da viagem. Dê um brinquedinho e a distraia para que não queira sair do assento.
- Leve uma caixinha de costura para o caso de uma roupa descosturar ou perder o botão.
- Ande sempre com a cópia de certidão de nascimento do bebê.
- Não perca a criança de vista. Se estiver cansada, para relaxe e depois continue a programação.
- Antes de escolher o hotel, verifique se ele oferece berços e se o serviço é cobrado.
- Para evitar problemas, faça pulseira ou cartão de identificação para o seu filho, caso ele se perca.
- Chegou e o bebê está cansado? Deixe-o dormir tranquilamente. Forçá-lo a sair prejudicará o passeio.
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