Xuxa tem alopecia e fez transplante após tratamentos falharem: quando a cirurgia é a única saída?

A apresentadora tem alopecia feminina, que ocorre por diversos fatores e pode ser manejada de diferentes formas a depender das causas e da extensão da doença

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a alopecia androgenética, condição que causa queda de cabelo, afeta 5% das mulheres. Uma delas, inclusive, é a apresentadora Xuxa Meneghel, de 62 anos, que se já se abriu sobre a condição e sobre nunca ter encontrado um tratamento que ajudasse até realizar um transplante capilar. Afinal, essa doença tem cura? Entenda abaixo!

Xuxa revela alopecia feminina e transplante capilar

(Crédito: Reprodução/Globoplay)

Em entrevista ao “Mais Você” (Rede Globo), Xuxa Meneghel fez um relato sobre a experiência com a alopecia. Essa condição de saúde tem uma série de possíveis causas e, ao contrário do que muitos imaginam, não é algo exclusivo de homens. Segundo a apresentadora, os cabelos começaram a cair após os 50 anos de idade por fatores hereditários – e isso se intensificou durante o processo de reposição hormonal da menopausa.

“Minha mãe quando se separou do meu pai começou a perder cabelo, depois começou com reposição hormonal e perdeu muito aqui na frente, só tinha atrás. Eu olhava e falava: ‘Eu também vou ter isso’. Não imaginei que teria com a idade que tenho agora. Foi piorando, piorando, eu comecei a ver nas fotos, comecei a tomar remédio para ter um cuidado melhor, mas não adianta”, declarou Xuxa, que recorreu ao transplante capilar.

“Hoje devo estar no 32º dia [após o transplante] – ou seja: esses cabelinhos vão cair e, depois, vão nascer”, declarou a apresentadora, que já vinha raspando os cabelos há anos para disfarças as falhas que enxergava neles. “Eu passava sempre máquina seis, quatro, mas começou a ficar buraco. Aí eu já não estava gostando”, afirmou a apresentadora.

Xuxa raspando os cabelos por consequência da alopecia feminina (Crédito: Reprodução/Globoplay)

Em seguida, Xuxa explicou que o transplante capilar que fez durou entre oito e dez horas. Além disso, segundo a apresentadora, se ela esperasse mais muito tempo para recorrer ao tratamento cirúrgico para calvície, poderia não ter como realizá-lo. Isso porque o transplante depende de uma área com fios e bulbos capilares doadores – e Xuxa já estava perdendo cabelos ali também.

“Eu já estava no limite. Daqui a pouco eu de repente já nem tinha mais minha área doadora. Fiz no limite”, disse a apresentadora, se mostrando animada para ver os resultados do processo. “Vocês vão me ver de chuquinhas! Vou me dar ao luxo”, brincou a Rainha dos Baixinhos.

Por fim, Xuxa deixou um incentivo a mulheres que, como ela, lidam com a alopecia. “Fala-se disso muito para homem, e não para mulher. Acontece muito com mulher! […] Acho que isso nós mulheres temos de ver: a gente tem que se sentir bem, cara! Não está legal? Vai e faz. […] Busque um médico! Tem vários que podem dar a possibilidade de fazer um preço melhor”, aconselhou a apresentadora.

alopecia feminina
(Crédito: Reprodução/Globoplay)

Alopecia feminina: o que é?

A alopecia é uma condição que causa perda anormal dos cabelos. Ela pode ser temporária ou permanente, localizada ou difusa, e tem diversas possíveis causas diferentes. Fatores genéticos, hormonais, autoimunes e até ambientais são alguns deles.

Conheça abaixo os tipos mais comuns dessa condição:

Alopecia androgenética

Também conhecida como calvície feminina, essa é a forma mais comum de alopecia. Por fatores genéticos e hormonais, os fios começam a afinar progressivamente, algo que ocorre especialmente no topo da cabeça e gera falhas.

Alopecia areata

Esse tipo de alopecia é autoimune – ou seja: causado por uma resposta anormal do sistema imunológico ao próprio organismo. Ela causa falhas arredondadas pelo couro cabeludo ou até perda total dos fios em todo o corpo.

alopecia feminina
(Crédito: Freepik)

Alopecia cicatricial

Em alguns casos, a alopecia pode acontecer devido a traumas na região. Após uma cirurgia, um machucado ou uma doença no couro cabeludo, por exemplo, alguns trechos dessa região podem ficar sem nenhum fio – e, nesses casos, eles não voltam a crescer.

Alopecia por tração

Pessoas que têm, por exemplo, tricotilomania (transtorno em que, por causas psicológicas, o paciente arranca compulsivamente os fios de cabelo), podem ficar com falhas permanentes no couro cabeludo.

Transplante é a única saída para alopecia feminina?

O tratamento para alopecia varia de acordo com a causa da doença e a extensão dela. Há casos, como o de Xuxa, em que tratamentos conservadores não funcionam. Isso geralmente acontece em situações nas quais a condição já existe há muito tempo e as falhas já são expressivas. A alopecia cicatricial, por exemplo, é irreversível.

alopecia feminina
(Crédito: Freepik)

Ainda assim, há situações em que tratamentos com medicamentos, procedimentos e mudanças de hábito são úteis. É possível, por exemplo, recorrer a medicamentos como Minoxidil, Finasterida e Dutasterida nos casos de alopecia androgenética, hormonal e queda capilar por razões emocionais.

Em outros, é possível recorrer a tratamentos como laser de baixa potência, que estimula os folículos, o microagulhamento, que estimula a renovação celular, ou injeções de plasma rico em plaquetas, que estimulam os bulbos capilares. Mudanças na alimentação e suplementação de vitaminas também podem ajudar.

(Crédito: Freepik)

Nos casos em que esses tratamentos não ajudam – e em falhas decorrentes da alopecia cicatricial –, o transplante capilar pode ser a única saída. Nesse processo, bulbos capilares são retirados de uma região doadora e implantados nas regiões com falhas. Posteriormente, os fios implantados caem – mas os novos bulbos dão origem a novos cabelos alguns meses depois.

O procedimento é feito sob anestesia e pode durar até 10 horas dependendo do tamanho das áreas que receberão o transplante. Ele depende, porém, de avaliação médica detalhada para entender se o paciente está apto a realizá-lo.

Saúde da mulher