Saiba qual é a forma correta de utilizar absorvente interno e evitar complicações
Durante uma noite do último mês de setembro, a norte-americana Ashley DeSkeere, aos 43 anos, acordou com calafrios fortes e vomitando a cada meia hora.
Conforme contou à revista People, ela imaginou que estava com alguma virose vinda de um casamento que havia ido dois dias antes – no entanto, os sintomas persisitiram, até que sua pressão caiu e ela precisou buscar ajuda médica.
No hospital, Ashley foi diagnosticada com a Síndrome do Choque Tóxico devido ao uso de um absorvente interno. Isso porque ela esteve com um durante 8 horas – algo que não estava acostumada a fazer – na festa em que marcou presença.
O que é a Síndrome do Choque Tóxico?
A Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é uma doença rara, porém grave, que pode levar a complicações sérias e até a morte.
Causada por toxinas produzidas pela proliferação da bactéria Staphylococcus aureus, a SCT aparece preferencialmente em mulheres.
Um caso parecido ao de Ashley DeSkeere, também de SCT, foi o de Deborah Usher, em 2012, que chegou a ficar em coma induzido.
De início, a condição foi relacionada ao uso dos absorventes internos antigos, que tinham alta absorção e eram feitos de material sintético. E, embora atualmente seja fato que ela pode ser condicionada por diversos outros fatores, o uso errado do tampão ainda é associado ao maior risco de contrair a doença.
Absorvente interno causa a Síndrome do Choque Tóxico?
As causas exatas da Síndrome do Choque Tóxico não são completamente conhecidas. Mas o uso prolongado de absorvente interno favorece a rápida multiplicação das bactérias causadoras.
Ao atingir órgãos vitais, a doença provoca lesões internas já nos primeiros dias, o que pode levar à insuficiência dos órgãos e, por consequência, à morte.
“Atualmente, com as mudanças na capacidade, componentes e padrões de utilização dos absorventes internos, o número de casos caiu”, explica o ginecologista Daniel Luchesi, da Clínica Livon (SC).
Cuidados com absorvente interno
O tempo de uso do absorvente interno é o principal fator de alerta. Afinal, o acúmulo de sangue retido nas fibras favorece lesões no canal e a proliferação de bactérias.
A recomendação é não exceder oito horas consecutivas de uso do mesmo – como fez a norte-americana Ashley DeSkeere – e trocá-lo a cada quatro horas, especialmente durante o clima mais quente.