3 perguntas parecem inofensivas, mas têm consequências tóxicas na criação de meninos

Todo pai, mãe e responsável conhece a máxima de que é preciso criar os filhos para o mundo. Não apenas por que a vida oferecerá desafios para eles enfrentarem sozinhos, mas especialmente por que a sociedade do futuro vai depender dos sonhos, valores e ensinamentos que as novas gerações receberem.

Partindo deste princípio, situações comuns, que a maioria de nós viveu na infância, precisam de revisão para construção de uma história diferente. É o caso, por exemplo, de algumas perguntas comuns feitas a crianças, que até parecem inofensivas, mas têm um impacto nocivo.

A criação é parte fundamental do desenvolvimento humano e, no caso dos meninos, a formação do conceito de masculinidade deve incluir o respeito e consideração às mulheres.

Segundo especialistas, há questionamentos que devem ser evitados. Afinal, o cérebro está em constante desenvolvimento durante a infância, sendo o momento ideal para desfazer preconceitos arraigados nos adultos. Confira abaixo quais são e os motivos:

1. “Quantas namoradinhas você já tem?”

Amizade entre crianças.
Sswartz/IStock

A criança deve crescer tendo em mente que relacionamentos saudáveis só existem para adolescentes maiores de idade e adultos. Na infância, ela deve buscar amigos e amigas ao em vez de “namoradinhas”.

De acordo com o psicólogo Alexander Bez, a expressão se baseia em um estereótipo danoso para o desenvolvimento emocional dos pequenos.

“A pergunta cobra um preço daquela criança, que acreditará no que os adultos falarem sobre ela e se sentirá frustrada caso não atinja as expectativas”, explica.

2. “Quantas meninas já te paqueraram na escola?”

Menino estressado.
AnaBGD/IStock

O incentivo à paquera na infância pode culminar em sérios traumas na construção da sexualidade do futuro adulto.

A orientação é que os estímulos estejam de acordo somente com brincadeiras saudáveis e os sentimentos de gentileza e carinho que ela deve manter com os coleguinhas.

3. Já arrasou quantos corações?

Mãe orientando o filho.
JackF/IStock

É essencial que desde cedo a criança aprenda a respeitar os sentimentos dos outros, não levando para a vida adulta ideias preconcebidas que reproduzam o mínimo tipo de violência.

“A sexualidade se constitui a partir de cada um e de suas próprias vivências. Por isso é necessário que os adultos redobrem a atenção sobre o que dizem não só para os meninos, mas para as crianças no geral, sempre refletindo se aquela pergunta ou frase pode trazer algo de bom para quem irá ouvir”, conclui Alexander.

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