A Síndrome do Imperador diz respeito ao comportamento destrutivo de crianças que são criadas sem limites educativos e emocionais
A palavra “mimado” é usado com muita frequência em nosso idioma. Em muitos casos, inclusive, ele representa superficialmente uma situação específica, séria e, infelizmente, comum: quando uma criança tem a “Síndrome do Imperador”. Isso é, quando ela age sempre de forma autoritária, birrenta e desrepeitosa, tal como uma “imperatriz mirim”.
No entanto, a série de comportamentos que está dentro do termo traz malefícios não só para ela, que nunca se sente satisfeita, mas também para os pais, cuidadores e qualquer um que esteja ao redor.
Síndrome do Imperador: o que é e por que algumas crianças agem assim?

Embora o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) não tenha oficializado a Síndrome do Imperador, muitas famílias enfrentam o problema – que é facilmente identificável.
Por exemplo, uma pessoa é considerada criança até os 12 anos de idade, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Dessa forma, se ainda assim ela age como um bebê – literalmente, um ser que realmente demanda muita atenção e chora quando não é atendido -, algo está errado.

E, de fato, a criação é a responsável para que a criança aja dessa forma. Isso porque pais que geralmente se frustraram com a própria infância criam os filhos sem limites e sem noção da realidade, acreditando que “dar tudo” é sinônimo de felicidade e satisfação.
Pelo contrário: uma pessoa que não aprende a praticar compaixão e paciência, além de flexibilidade com os outros, tende a se tornar um adulto infeliz, solitário e viciado em prazeres imediatos.
6 sinais de uma criança com Síndrome do Imperador:
- Ingratidão;
- Irritabilidade;
- Se alimenta só do que quer, quando quer e da forma que quer;
- Reclama dos outros;
- Não aceita “nãos”;
- Vive constantemente ansiosa por tudo o que simboliza “novidade”.
O que os pais devem fazer?

Pais e filhos precisam de tratamento diante da Síndrome do Imperador. Primeiro para que os adultos saibam como agir e impor respeito no novo estilo de vida que buscam, e, segundo, para que a criança entenda o significado de limites e respeito.
O tratamento, na maioria das vezes, envolve o acompanhamento da terapia cognitiva-comportamental (TCC), e não é rápido. Afinal, há o envolvimento de crenças e valores enraizados. Apesar disso, deve ser iniciado o quanto antes.