Embora haja a necessidade de cautela para planejar um parto domiciliar, ele não é indicado para todas gestantes
Gisele Bündchen está grávida pela terceira vez, à espera do primeiro filho com o instrutor de jiu-jítsu Joaquim Valente. À Revista People, uma fonte próxima do casal revelou que a übermodel pretende descobrir o sexo do bebê apenas no momento do nascimento, que deve acontecer na casa em que ela mora, em Miami.
O parto domiciliar é a escolha de mulheres que enxergam a própria casa como o lugar mais seguro para dar à luz, mas não é um tipo de parto recomendado para todas. Entenda mais abaixo.
Como funciona um parto domiciliar?
O pré-natal de quem opta pelo parto domiciliar segue os mesmos princípios e exames do pré-natal tradicional, mas com algumas adaptações e cuidados específicos. As mulheres que dão à luz em casa costumam ser acompanhadas por uma enfermeira obstetra – responsável por fazer o parto natural – ao invés de um médico obstetra.
Não é necessária nenhuma esterilização ou limpeza especial para o parto domiciliar. A equipe é composta por, no mínimo, duas enfermeiras obstetras (também chamadas de “parteiras”). Vale lembrar que a profissão é diferente do que é uma doula – opcional, esta ajuda a mulher a relaxar durante as contrações e na espera ativa pelo nascimento do bebê.
No dia, elas vão à casa da gestante com alguns equipamentos, como um sonar para ausculta fetal, ocitocina, material para sutura e para reanimação fetal, além de balança para medir o recém-nascido e oxigênio se for necessário.
No entanto, é importante ter no planejamento o hospital mais próximo. Isso porque pode haver a necessidade de indução de parto com medicação ou de uma cesariana.
Após o parto, de acordo com a ginecologista Débora Rosa, as profissionais continuam um acompanhamento semelhante ao que seria em um hospital. “A equipe realiza visitas à puérpera e recém-nascido no domicílio, assim orientam sobre amamentação e a observação do volume de sangramento da mulher”, explica.
Parto domiciliar no Brasil
Juridicamente falando, as parteiras também são responsáveis pela declaração oficial de que o bebê nasceu, feita na secretaria de saúde da cidade em questão. Apenas com este documento em mãos, registra-se a criança no cartório.
Deve-se avaliar com cautela a decisão de ter um parto domiciliar, pois nem todas as mulheres têm essa indicação. Ele é apto apenas para gestantes de baixo risco, que não tenham pressão alta e nem diabetes gestacional.
Segundo Priscilla Salvador, enfermeira obstetra que realiza partos domiciliares, a 34º semana do pré-natal costuma ser decisiva para consagrar que o parto realmente tem condições de acontecer em casa.
“Se a gestante continua com os critérios necessários, mantemos a condução. No caso contrário, iniciamos ainda em casa, mas o desfecho é hospitalar”, pontua.