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Grávida do primeiro filho, Francisco, Thaila Ayala se surpreendeu recentemente com um dos sintomas proporcionados pela gestação. Conforme a barriga da atriz começou a crescer, ela passou a sentir dor na região, algo que, apesar de ser bastante comum (tanto nos casos de dor superficial quanto em situações nas quais ela é mais profunda), não é conhecido por muitas mulheres – e, por vezes, requer atenção.
Grávida, Thaila Ayala relata dor constante na barriga
Dias após anunciar a primeira gravidez, fruto da relação com o ator Renato Góes, Thaila Ayala usou a ferramenta Stories do Instagram para mostrar o quanto a barriga já cresceu. Impressionada com o tamanho, a atriz então pontuou que, ultimamente, ela tem se sentido bastante desconfortável com um sintoma que veio de forma simultânea ao crescimento: dor na barriga.
“Está doendo de tão grande. Não consigo me acostumar com isso, gente. Dói, né? Dói muito. Ninguém tinha me falado que a barriga dói. Dói bastante”, disse Thaila, que está no quinto mês da gestação.
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Dor na barriga na gravidez é normal?
Ainda que muitas mulheres só descubram isso ao engravidar, a ginecologista e obstetra Carolina Orlandi, da Clínica Medicina da Mulher e Reprodução Humana afirma que tanto uma dor mais superficial quanto dores pélvicas mais profundas são sintomas bastante comuns na gestação. “Um quinto das mulheres gestantes vão referir dor pélvica”, diz ela, afirmando que o dado vem de estudos científicos. As causas, no entanto, podem ser diversas – e algumas delas precisam ser cuidadosamente avaliadas por especialistas.
Causas de dor na barriga na gestação
Mudanças anatômicas
Para comportar um bebê, o corpo da mulher muda de diversas formas, e a relativa rapidez com que isso acontece pode gerar este sintoma. “Em geral, isso é causado pelo crescimento do útero, estiramento dos ligamentos que sustentam ele dentro da barriga ou pela compressão dos órgãos vizinhos. As mudanças que naturalmente ocorrem no corpo e as adaptações anatômicas da musculatura e ossos podem favorecer o aparecimento de dor pélvica também”, aponta.
Ação de hormônios
Sobre dores mais profundas, Carolina ressalta que este sintoma também pode ser inofensivo, causado por processos fisiológicos naturais do corpo. Conforme explica, os hormônios envolvidos no processo da gestação – com destaque para a progesterona – desaceleram o funcionamento do sistema digestivo. Isso, por sua vez, pode gerar constipação, quadro que contribui bastante para a ocorrência de dores abdominais.
Pré-eclâmpsia
Perigosa, a pré-eclâmpsia é a pressão alta decorrente da gravidez, algo que acomete entre 5 e 10% das gestantes. Ela ocorre pela liberação de proteínas na circulação sanguínea, algo que agride as paredes dos vasos e causa constrição, tornando a passagem do sangue mais difícil e aumentando, desta forma, a pressão arterial. Junto de outros sinais, dores fortes de barriga estão entre os sintomas deste mal.
Descolamento de placenta
Formada na gravidez exclusivamente para que o feto respire e tenha acesso a nutrientes, a placenta é um órgão que adere à parede uterina, mas, em casos raros, ela pode se descolar previamente (algo que, em tese, deveria ocorrer apenas no nascimento do bebê). Também acompanhado de outros sintomas, este problema costuma ter dor abdominal forte entre seus sinais.
Quando se preocupar
De acordo com Carolina, algo importante a se fazer é checar as características desta dor. “Em geral, a dor decorrente da gestação é de leve a moderada, costuma melhorar com analgésicos simples e não costuma piorar”, afirma a médica. Se as dores forem muito fortes ou começarem a se intensificar, a indicação da especialista é buscar atendimento médico o quanto antes para fazer o diagnóstico.
Além da intensidade da dor, a ginecologista Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana, cita também sintomas que, se associados ao problema, geralmente indicam algo grave. “Havendo sangramento vaginal, inchaço, corrimento, aí tem que ir imediatamente ao hospital”, pontua. Além destes sintomas, a ocorrência de febre, náuseas, vômitos e dores de cabeça também podem indicar algo mais sério.
Como aliviar
Caso a dor seja leve e não venha acompanhada por sintomas preocupantes como sangramento vaginal, Carolina afirma que é possível controlar o problema com analgésicos (que devem ser especificados pelo médico), exercícios físicos (se autorizados), fisioterapia e até acupuntura.