Engravidar na menopausa precoce é possível com reprodução assistida; entenda como

Entre os 45 e 55 anos, a deixa de ovular e menstruar, fenômeno conhecido como menopausa. No entanto, esse período pode chegar com muito mais antecedência para algumas pessoas – caracterizando uma falência ovariana precoce -, o que pode atrapalhar os planos de ter filhos. “Em casos de menopausa precoce, os ovários param de produzir hormônios para a reprodução, o que impede a liberação de gametas femininos e resulta em infertilidade. No Brasil, cerca de dois milhões de mulheres sofrem com esse problema”, explica o ginecologista Dr. Renato de Oliveira, responsável pela área de Reprodução Humana da clínica Criogênesis.

Leia também:
Fertilização com embrião congelados tem maischance de dar certo 
Existe idade limite para tratamentos de fertilização? 
Engravidar perto da menopausa é possível? Ginecologista explica

As mulheres que enfrentam a falência precoce dos ovários têm chances muito pequenas de engravidar – em torno de 10%. A boa notícia é que com a técnica de reprodução assistida é possível aumentar – e muito – essa porcentagem. “É possível recorrer aos procedimentos de reprodução assistida como a fertilização in vitro, utilizando óvulos doados ou seus próprios oócitos para serem fertilizados”, explica o especialista.

Como é feita a fertilização in vitro?

O processo – conhecido também como ” bebê de proveta” – acontece em quatro etapas: na primeira, o ovário é estimulado por meio da administração de hormônios com o objetivo de estimular a formação de folículos. Depois, retiram-se os oócitos, que são encaminhados para fertilização com o espermatozoide previamente coletado. Na terceira fase, os embriões são desenvolvidos em estufas durante cinco dias e, por fim, são transferidos para o útero da mulher.


engravidar-na-menopausa-1.jpg

Sintomas da menopausa precoce

Segundo o ginecologista, entre as principais causas da menopausa precoce estão condições genéticas, desequilíbrios hormonais, exposição à radiação ou a substâncias tóxicas. “Procedimento de radio e quimioterapia também pode provocar o esgotamento as reservas ovarianas”, explica.

É importante que a mulher se atente a alguns sintomas que podem alertar para o problema como, irregularidade menstrual, sudorese noturna, insônia, secura vaginal, perda de libido, ondas de calor e dor durante a relação sexual.