Recentemente, durante participação no podcast “Mil e Uma Tretas”, a modelo Fiorella Mattheis deu detalhes sobre a gestação que está vivendo atualmente e que pegou de surpresa os fãs pelo anúncio ter acontecido apenas em uma fase bem avançada.
Segundo Fiorella, ela teve diversas perdas gestacionais antes da gravidez atual, que “vingou” – e uma delas se deu porque, ao fazer um exame relacionado à fertilidade, ela estava grávida, mas não sabia.
Fiorella Mattheis relata perda gestacional causada por exame
Nas últimas semanas, Fiorella Mattheis surpreendeu o público ao mostrar fotos nas quais aparece com um barrigão de grávida já bem avantajado. Na sequência, ela foi uma das convidadas do podcast “Mil e Uma Tretas”, comandado por Julia Faria e Thaila Ayala – e, nele, deu detalhes muito íntimos sobre a concepção.
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Segundo Fiorella, ela e o marido vinham tentando engravidar há bastante tempo e, durante a jornada, ela perdeu algumas gestações. No relato, ela afirma que tem facilidade de engravidar, mas não de “segurar” e que, em meio às perdas por causas naturais, teve um abortamento causado por um exame.
“Eu fiz esse exame e as trompas estavam maravilhosas, só que eu já estava grávida de novo e ela [médica] não pediu para eu fazer um exame de beta [HCG]. Eu provavelmente devia estar muito no início, sei lá, cinco semanas. Ali foi um baque, um momento em que eu fiquei realmente abalada”, disse ela.
O exame ao qual Fiorella se refere, segundo seu relato no podcast, é o de histerossalpingografia, no qual contraste é injetado no corpo da mulher para destacar em imagens o aparelho reprodutor. Com ele, é possível checar se há, por exemplo, entupimento das trompas, uma das causas de infertilidade.
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Precisa fazer beta HCG antes da histerossalpingografia?
Conforme explica Luciano Curuci, médico ginecologista, acupunturista e presidente do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP), a histerossalpingografia é, sim, um exame que pode gerar uma perda gestacional e, por isso, é essencial ter certeza de que a mulher não está grávida antes do procedimento.
“Quando você injeta o contraste, a pessoa não pode estar grávida porque, pela injeção do contraste na cavidade uterina, pode, se houver um saco gestacional, ocorrer um abortamento. Então é importante ter a certeza de que a paciente não está grávida”, afirma ele.
O médico enfatiza ainda que, para isso, o exame de beta HCG – exame que identifica gravidez pela presença da substância gonadotrofina coriônica em amostras de sangue – ainda é o mais confiável e tende a ser a melhor forma de identificar a gravidez.
Ainda assim, ele pontua que, hoje, há testes de farmácia – que identificam o hormônio na urina – com eficácia comprovadamente alta, e que, para não correr o risco de chegar à histerossalpingografia com um “falso negativo”, como aconteceu com Fiorella, pacientes devem ser orientados a comprar testes de marcas boas e pouco tempo antes do exame com contraste.
“Não sabemos quantos dias antes do procedimento foi feito o teste. O que serve de recomendação para todo laboratório é fazer o beta HCG no dia do exame, mesmo que seja o de urina, momentos antes de fazer o exame”, pontua.