Jesy Nelson espera gêmeos monocoriônicos e diamnióticos, situação que requer cautela e oferece riscos aumentados – entenda quais
Gestar gêmeos aumenta as chances de ter certas complicações na gravidez. O tipo de gestação que a cantora britânica Jesy Nelson está levando, porém, tem ainda mais riscos. A artista está gestando gêmeos monocoriônicos e diamnióticos, significando que eles dividem a mesma placenta, mas ficam em sacos gestacionais diferentes – e, atualmente, isso já vem gerando problemas para ela.
Cantora relata complicações em tipo específico de gravidez de gêmeos
Recentemente, a cantora britânica Jesy Nelson, ex-integrante do grupo pop Little Mix, fez um desabafo sobre a própria gravidez. Ela espera gêmeos – e, além de ser surpreendida positivamente com a gravidez de múltiplos, ela também recebeu a surpresa negativa das complicações relacionadas ao tipo de gestação que está levando.
Isso porque a famosa está gestando gêmeos monocoriônicos e diamnióticos. Os filhos da cantora dividem a mesma placenta, mas estão em sacos gestacionais diferentes, algo que pode levar a complicações – e no caso dela, segundo o relato, as chances são altas.
“Estou atualmente quase em estágio de Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STTF)”, declarou ela, detalhando as perspectivas da gestação. “Uma das complicações é que um dos bebês pode acabar recebendo todos os nutrientes. É horrível dizer isso, mas isso pode levar à morte dos dois bebês”, declarou a ex-integrante do Little Mix.
Gravidez de gêmeos monocoriônicos e diamnióticos: quais os riscos
A gestação de múltiplos em geral aumenta certos riscos que mulheres já têm na gravidez. Alguns exemplos são as chances de desenvolver hipertensão gestacional, diabetes gestacional, anemia e hemorragia pós-parto. Além disso, porém, mães de gêmeos monocoriônicos diamnióticos enfrentam outras possíveis complicações. Veja quais:
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STFF)
Essa complicação se caracteriza por um desequilíbrio na circulação sanguínea entre os fetos devido a questões da placenta que dividem. Isso resulta em um feto “doador”, que tem redução de líquido amniótico, e um “receptor”, que tem excesso de líquido amniótico. Isso pode levar a mortalidade fetal ou neonatal.
Esse tipo de complicação afeta entre 10 e 15% das gestações de gêmeos monocoriônicos e diamnióticos.
Sequência de Perfusão Arterial Reversa em Gêmeos (TRAP)
Uma possível, mas rara, complicação ocorre quando um dos fetos é malformado e não tem um coração funcional. O outro bebê, no entanto, faz o “trabalho” pelos dois, sendo chamado de “gêmeo-bomba”. Isso pode ocasionar insuficiência cardíaca e morte do feto saudável.
Restrição de Crescimento Fetal Seletiva (RCFS)
Nesses casos, um dos fetos recebe mais nutrientes e oxigênio devido à distribuição desigual pela placenta. Isso leva a um crescimento inferior e aumenta o risco de morte desse bebê.