A gravidez molar é uma síndrome muito rara que pode acontecer no momento da fertilização do óvulo, causar anormalidades na placenta e acabar comprometendo a gestação e sendo causa de aborto. “Em uma gravidez normal, o óvulo fertilizado deve conter 23 cromossomos a mãe e 23 do pai. Em uma gestação molar, o óvulo não carrega os cromossomos da mãe e os do pai são duplicados”, explica a ginecologista e obstetra Dra. Erica Mantelli.
Leia também:
Fertilização in vitro: primeiros sintomas da gravidez
Aborto espontâneo: como passar pela experiência sem traumas
Após quanto tempo posso engravidar depois da curetagem?
Nesse tipo de gestação, geralmente não acontece a formação de um embrião, membrana amniótica ou placenta. “O que acontece é uma formação cística dentro do útero, que será notada por meio de ultrassonografia”, afirma a Dra. Erica.
O que fazer em caso de gravidez molar?
Normalmente, esse tipo de gestação dura no máximo oito semanas e logo após esse período ocorre um sangramento. “Normalmente, é preciso fazer uma curetagem ou aspiração intrauterina para retirar os restos celulares”, explica a médica. Em casos mais graves, os tecidos hormonais da gestação podem ir para a corrente sanguínea e prejudicar outros órgãos, como pulmões, fígado e rins. “Por isso, é importante que a mulher faça um bom pré-natal. É nele que o médico irá identificar alterações”, alerta.
Sintomas da gravidez molar
A ginecologista lista alguns dos principais sintomas que podem indicar uma gravidez molar e que precisam ser analisado pelo médico de cada mulher.
Pressão alta e intolerância ao calor
Perda de peso
Náuseas e vômitos
“No começo da gestação, a mulher pode apresentar um sangramento contínuo, que pode se estender por até 16 semanas”, afirma.
“Alteração no tamanho do útero e elevação nos hormônios da gravidez também são alguns dos sintomas”, explica.
Inchaço abdominal
