A introdução alimentar é uma importante fase do desenvolvimento dos bebês. Para eles, é o momento de experimentar novos alimentos além do leite materno, praticar novas sensações táteis e conhecer um pouco da própria autonomia corpórea.
Assim como a maioria das primeiras experiências, o período também diz respeito à construção do hábito de uma vida saudável.
Segundo o Ministério da Saúde, ele deve ser iniciado no sexto mês de vida, mas ainda há dúvida sobre qual tipo de alimento, de fato, começar a oferecer para o bebê. Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre a introdução alimentar.
Como fazer a introdução alimentar em bebê?
MITO. Na verdade, os alimentos podem ser amassados com o garfo e levados à boquinha do bebê com a colher, sim, sendo este um método mais tradicional.

Contudo, nada impede que a criança coma com a mão e associe a novidade da experiência a algo prazeroso. O método é chamado de BLW, sigla em inglês para “Baby Led Weaning”, que significa ao pé da letra ” desmame guiado pelo bebê“, já que representa uma etapa importante de apresentação da alimentação, que substituirá o peito no futuro.
Alguns dos benefícios do método BLW é melhorar a coordenação motora e a conexão com a comida.
VERDADE. De acordo com o Ministério da Saúde, o açúcar é realmente contraindicado para bebês e crianças menores de dois anos.
“Quanto mais precocemente estiverem expostos a esses alimentos, maior a chance de se desencadear alergias alimentares, problemas cardiovasculares, obesidade e baixa imunidade”, explica Ana Paula Sanches, nutricionista materno infantil.
MITO. De acordo com Ana Paula, a regra principal é esperar os sinais de prontidão do bebê, ao ter seis meses completos, para oferecer grupos alimentares como tubérculos, legumes, cereais e até carnes desfiadas (para evitar engasgos).

Os sinais são bons indicadores para todos os pais e mães de que o bebê está pronto para introdução e são:
1) Demonstrar interesse nos alimentos;
2) Levar a própria mão e objetos à boca;
3) Sinal de protusão da língua diminuindo (não ficar com a língua como se estivesse empurrando algo para fora);
4) Controle da cervical (segura a cabecinha);
5) E sentar com o mínimo de apoio.
VERDADE. Caracterizada pelo desinteresse pela comida, a seletividade pode advir de falhas no processo neurológico da criança, que está ligado à necessidade de nutrientes e vitaminas essenciais ao organismo.
MITO. Pelo contrário: no período de introdução, é importante que o organismo do bebê se adapte à nova rotina. Portanto, a dica é alimentá-lo quando ele não estiver com sono, nem muita fome – afinal, nestes momentos ele irá preferir o leite.

VERDADE. Com o trato gastrointestinal preparado para receber alimentos, o bebê pode e deve começar a introdução alimentar. E, de acordo com a especialista, é mesmo um fato que ocorra a rejeição inicialmente, já que ele estava acostumado apenas a mamar.
“Inove na apresentação visual dos alimentos, participe dos momentos de refeição com a criança e a insira no contexto do que aquilo significa”, pontua Ana Paula.