A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o leite materno deve ser a alimentação exclusiva do bebê até, pelo menos, os seis meses de vida.
Isto por causa das seus inúmeros benefícios, tanto para a saúde e desenvolvimento do bebê, quanto para a recuperação da mulher e o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.
No entanto, existe uma período chamado “crise dos 3 meses” que deixa algumas mães preocupadas com uma possível diminuição do leite materno e diminuição da mamada do bebê. Afinal, isso realmente existe?
Crise dos 3 meses na amamentação: o que é?
De acordo com o pediatra espanhol especialista em amamentação Carlos González, escritor do livro “My Child Won’t Eat”, quando o bebê chega aos três ou quatro meses é natural que haja uma mudança nos hábitos até então existentes entre mãe e filho.
A única coisa que torna esta fase um problema, de acordo com ele, é a desinformação. Segundo González, todos os fatores são naturais ao processo de desenvolvimento e adaptação do bebê e das glândulas mamárias da mãe.
Diminuição no tempo da mamada
Logo depois de nascer o bebê já aprende a mamar e vai aperfeiçoando a pega da sucção conforme se desenvolve. Quando ele chega nos seus três ou quatro meses, já consegue fazer o movimento com muita facilidade e, por isso, consegue ingerir tudo o que precisa pra se satisfazer em menos tempo do que antes. É justamente por isso que mamadas que costumavam durar até 20 minutos, acabam apenas em 5 ou 7 minutos.
De acordo com o especialista, nesta fase a mãe tende a achar que o bebê não está mamando o suficiente. Porém, ele atenta para o fato de que este é um processo completamente natural do desenvolvimento da criança e afirma que não é necessário se preocupar.

Diminuição do leito materno
Diante deste cenário, com o bebê pegando o seio por menos tempo, a mãe pode perceber um diminuição nos seus seios e na quantidade de leite. Isto pode levar a preocupações, como se a mãe não fosse mais capaz de dar sustento ao seu filho.
Contudo, o pediatra explica que nos primeiros meses a mama passa por um processo inflamatório e começa a regular a produção de leite conforme a necessidade daquele bebê. Por isso, elas tendem a ficar bem cheias e até vazando leite.
Com o passar dos meses, a inflamação some e a produção se adéqua à demanda daquele bebê. González tranquiliza, mais uma vez, afirmando que isso não significa que a mãe não tem leite, apenas que ela está produzindo o suficiente para o seu filho.

Como superar a crise dos 3 meses da amamentação
A solução apontada por González é o acesso à informação. Conversar com um pediatra, buscar leituras específicas tanto de livros quanto de sites idôneos é importante para não cair em desespero ou insegurança em função de boatos.
O especialista ainda incentiva as mães a procurarem formas de se tranquilizar já que o estresse é algo negativo inclusive para o aleitamento.
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